James Fields, de 21 anos, apoiador de crenças neonazistas, foi condenado na sexta-feira (7) pela morte de uma mulher atropelada durante manifestação contrária a uma marcha de supremacistas brancos em Charlottesville. Em agosto de 2017, Fields jogou o carro contra um grupo que protestava contra o ato "Unite the Right" ("Una a Direita"), matando a ativista Heather Heyer e ferindo 35 pessoas. O júri, formado por sete mulheres e cinco homens, deliberou por mais de seis horas antes de chegar ao veredicto. Além de homicídio em primeiro grau, Fields também foi considerado culpado de cinco acusações de ferimentos dolosos com agravantes, três acusações de ferimentos com intenção e uma de abandono da cena do crime. James Fields enfrenta pena de prisão perpétua pela morte de Heyer e de até 20 anos pelos outros delitos. Em um segundo julgamento a que ainda será submetido, pode ser condenado à morte por crime de ódio. O julgamento durou nove dias. Nesse período, os promotores buscaram provar que ele tinha a intenção de ferir os manifestantes, enquanto a equipe de defensores tentou alegar que Fields estava em pânico e agiu em legítima defesa.
Do lado da acusação, foi exibida uma troca de mensagens entre Fields e a mãe em que ela pedia que o filho tomasse cuidado. "Não somos nós que temos que ter cuidado", respondeu em uma mensagem que incluía a foto de Adolf Hitler. Os promotores mostraram também uma charge compartilhada meses antes no Instagram pelo acusado e que trazia a imagem de um carro sendo jogado contra uma multidão, com a frase "Você tem o direito de protestar, mas eu estou atrasado para o trabalho". Uma das testemunhas de acusação, o policial Clifford Lee Thomas, disse que Fields acelerou a uma velocidade de 45 km/h antes de bater em um Toyota Camry. Uma filmagem do dia mostra ainda o carro do acusado passando lentamente por uma interseção e dando ré, antes de acelerar rumo à multidão. Do lado da defesa, o argumento foi de que Fields, no início do dia, havia sido atingido por algo que parecia urina e que se sentia desprotegido sozinho. "Ele achou que as pessoas estavam atrás dele", afirmou a advogada Denise Lunsford: "A diferença entre uma multidão alegre e uma turba irada está nos olhos de quem vê". A marcha "Unite the Right" foi convocada em protesto contra a decisão de retirar uma estátua do general Robert E. Lee (1807-1870) de um parque local. Lee comandou as tropas confederadas na Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-65), quando Estados do Sul lutaram para se separar do Norte abolicionista e manter seus escravos.
Do lado da acusação, foi exibida uma troca de mensagens entre Fields e a mãe em que ela pedia que o filho tomasse cuidado. "Não somos nós que temos que ter cuidado", respondeu em uma mensagem que incluía a foto de Adolf Hitler. Os promotores mostraram também uma charge compartilhada meses antes no Instagram pelo acusado e que trazia a imagem de um carro sendo jogado contra uma multidão, com a frase "Você tem o direito de protestar, mas eu estou atrasado para o trabalho". Uma das testemunhas de acusação, o policial Clifford Lee Thomas, disse que Fields acelerou a uma velocidade de 45 km/h antes de bater em um Toyota Camry. Uma filmagem do dia mostra ainda o carro do acusado passando lentamente por uma interseção e dando ré, antes de acelerar rumo à multidão. Do lado da defesa, o argumento foi de que Fields, no início do dia, havia sido atingido por algo que parecia urina e que se sentia desprotegido sozinho. "Ele achou que as pessoas estavam atrás dele", afirmou a advogada Denise Lunsford: "A diferença entre uma multidão alegre e uma turba irada está nos olhos de quem vê". A marcha "Unite the Right" foi convocada em protesto contra a decisão de retirar uma estátua do general Robert E. Lee (1807-1870) de um parque local. Lee comandou as tropas confederadas na Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-65), quando Estados do Sul lutaram para se separar do Norte abolicionista e manter seus escravos.
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