sábado, 29 de dezembro de 2018

Rio Grande do Sul ameaçado de permanecer mais tempo no regime de recuperação fiscal se não privatizar o Banrisul

O secretário-adjunto do Tesouro, Otavio Ladeira, afirmou que o Rio Grande do Sul pode ficar mais tempo em recuperação fiscal caso não venda o Banrisul. Ladeira também disse que essa negativa pode barrar o ingresso do Estado ao regime de recuperação da União. Durante a campanha eleitoral deste ano, da qual saiu vitorioso, o governador eleito Eduardo Leite afirmou ser contrário à privatização do banco estatal. Após vencer o pleito, Leite seguiu com o mesmo posicionamento. O secretário-adjunto também afirmou que as negociações do governo federal com o Rio Grande do Sul estão avançadas, mas que diversos temas ainda precisam ser resolvidos antes de bater o martelo sobre o acordo. Além do governo eleito do Rio Grande do Sul, a futura gestão de Minas Gerais também demonstrou interesse em aderir ao regime de recuperação fiscal, segundo Ladeira.

No caso do Rio Grande do Sul, Ladeira também citou os dados das despesas com pessoal como um dos entraves na negociação. Essa não é a primeira vez que a venda do Banrisul é citada como uma das principais contrapartidas para a adesão do Estado ao regime. No fim de novembro, a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, afirmou que o banco estatal é peça-chave para adesão do Rio Grande do Sul ao regime de recuperação fiscal da União. Para ela, não ter o banco na lista de estatais a serem privatizadas é "impedimento total" para o acordo. 

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