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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Prefeitura de Belém diz que empresa que administra aterro de Marituba, o grupo megalixeiro Solvi, fez reajustes que comprometem contrato


Após o anúncio de suspensão das atividades do aterro sanitário de Marituba, a prefeitura de Belém disse, em nota, que a empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos, responsável pelo empreendimento, que pertence ao grupo megalixeiro Solvi, do megalixeiro Carlos Leal Villa, passou a cobrar valores por tonelada de lixo coletado de forma "arbitrária" e "com acréscimos muito acima da capacidade orçamentária dos municípios da região metropolitana". Os reajustes, segundo a prefeitura, comprometeram a renovação do contrato, feito em 2015.

O aterro sanitário, segundo a empresa lixeira acusada por um pacote de crimes ambientais, e que teve toda sua diretoria presa no final do ano passado, deve esgotar a capacidade em seis meses e o encerramento das atividades está previsto para maio de 2019. A Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos disse que as obras deveriam ter começado em julho, mas foram prejudicadas pelo atraso de pagamentos. A prefeitura de Belém disse que tem se esforçado para manter a regularidade dos pagamentos e que uma ação judicial foi iniciada para garantir a renovação do contrato, pois os reajustes "comprometeram a renovação". A prefeitura afirmou que deve participar de reuniões com o Ministério Público e os municípios da região para encontrar soluções "compatíveis com a capacidade de pagamento". A prefeitura de Ananindeua também informou que a empresa solicitou aumentos não justificáveis, que considerou abusivos e ilegais, e aguarda um posicionamento para que ambas as partes possam dialogar e entrarem em um acordo. A prefeitura de Marituba disse que o município é isento do pagamento de qualquer taxa porque o depósito é uma espécie de compensação por receber os resíduos dos outros municípios.

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