O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, passará o Natal e o fim de ano na prisão, depois que a Justiça japonesa decidiu prolongar sua detenção até 1º de janeiro. O executivo foi preso novamente na última sexta-feira (21), sob suspeitas de que teria feito manobras, por volta de outubro de 2008, para colocar sob responsabilidade da companhia perdas pessoais de 1,85 bilhões de ienes (US$ 16,6 milhões, ou R$ 64,2 milhões). "Hoje foi tomada a decisão de manter Ghosn na prisão. O período de detenção terminará em 1º de janeiro", anunciou a Corte do Distrito de Tóquio em um comunicado. A decisão não significa que Ghosn será liberado, já que a Promotoria pode solicitar nesta data a prorrogação da detenção por mais 10 dias, se considerar que a investigação exige a medida. Esta é mais uma complicação para a série de acusações feitas ao executivo, nascido no Brasil. O escândalo teve início em 19 de novembro, quando ele foi preso, no Japão, por suspeita de sonegação, ao declarar às autoridades uma renda inferior à real. Ghosn foi destituído do conselho de administração da Nissan e da Mitsubishi Motors, mas segue oficialmente à frente da Renault.
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