O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mandou soltar o ex-secretário de Governo do Rio de Janeiro, Wilson Carlos, preso desde novembro de 2016 no âmbito da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato. Wilson Carlos atuou na gestão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), também preso na Lava Jato, e foi acusado de ser o ‘operador administrativo’ do esquema de propinas de R$ 2,7 milhões ajustadas pela empreiteira Andrade Gutierrez em contratos do governo, incluindo os relativos a obras de terraplanagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O ex-secretário supostamente era responsável pela forma de pagamento e cobrança das vantagens indevidas, afirmou o Ministério Público Federal ao apresentar denúncia. Gilmar Mendes substituiu a prisão preventiva por três medidas cautelares: a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de deixar o país e entrega de passaporte, e o recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana e feriados. O pedido de soltura de Wilson Carlos foi apresentado no processo que analisava o habeas corpus do ex-secretário de Obras de Cabral, Hudson Braga, solto em maio por Gilmar Mendes.
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