O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse na sexta-feira (7) que seu ex-motorista e ex-assessor Fabrício José Carlos de Queiroz prestará esclarecimentos ao Ministério Público Federal sobre a "movimentação atípica" em suas contas bancárias de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Flávio informou já ter recebido explicações satisfatórias de Queiroz. “A versão que ele me coloca é bastante plausível”, afirmou o deputado estadual, acrescentando que Queiroz apresentará provas e explicações ao Ministério Público. “Até que se prove o contrário, eu confio nele”, disse Flávio Bolsonaro, lembrando que conhece o ex-assessor há mais de 10 anos: “Tenho toda a tranquilidade. O que me foi relatado é que não há nenhuma irregularidade". Para o deputado estadual, eleito para o Senado, a conversa com o ex-assessor foi positiva e as explicações dadas por Queiroz foram suficientes. Flávio afirmou, entretanto, que ele e o pai ficaram "surpresos" e "chateados" com o caso. Ele afirmou ainda que não tornaria públicas as explicações de seu ex-motorista a pedido dos advogados dele. "Não tenho nada para esconder de ninguém”, ressaltou. "O acusado é ele; não sou eu", destacou: “Ele me relatou uma história bastante plausível e me garantiu que não haveria nenhuma irregularidade. Mas quem tem que ser convencido é o Ministério Público. Assim que for convocado, ele vai esclarecer". Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anexado à Operação Furna da Onça, que investigou a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, indicaria movimentação financeira atípica do ex-assessor. Nesta sexta-feira, o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, levantou dúvidas sobre a isenção do Coaf e disse que há interesses em desestabilizar a gestão de Bolsonaro.
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