domingo, 25 de novembro de 2018

Odebrecht parte para reestruturação de todos seus títulos financeiros lançados no Exterior, não tem dinheiro para pagar, vai sofrer ataque especulativo

Sem fôlego financeiro e com sua carteira de novos contratos enfraquecida, a construtora do Grupo Odebrecht deve anunciar, a partir desta segunda-feira, dia 26, a reestruturação de todos os US$ 3 bilhões de seus bônus emitidos no exterior. Nessa data termina a carência de 30 dias que a companhia tinha para honrar US$ 11 milhões referentes ao juro de US$ 581 milhões desses títulos, vencidos em 25 de outubro. Tanto a empresa quanto parte dos investidores detentores de bônus já estão preparados para iniciar as negociações dos bônus. A companhia contratou a Moelis, que trabalhou pelos credores da Oi, para assessorá-la. Um grupo de bondholders detentores de cerca de 25% dos bônus com juro vencido, tem como assessor financeiro a Rothschild. Entre eles estariam a BlackRock, o Fidelity, o Gramercy e o AllianceBernstein. Os credores especulativos ainda se organizam para entrar no processo. As negociações podem ficar bem complicadas. Trata-se de uma grande empresa e com o provável rebaixamento da companhia para a categoria default, deverá atrair mais investidores especulativos – os chamados “abutres”. Com eles, normalmente, as conversas são permeadas por tentativas de litígio. Em abril, a OEC conseguiu evitar a ampla renegociação desses títulos, quando, após obter a primeira tranche de um empréstimo de R$ 2,6 bilhões do Bradesco e Itaú Unibanco, honrou R$ 500 milhões em bônus que venceram, depois de fazer uso de mais do que os 30 dias de carência. 



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