O grupo Votorantim e as gestoras de investimentos Pátria e Squadra avaliam disputar o leilão de privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), marcado para esta semana. A venda será feita por meio de uma oferta pública de aquisição, com preço mínimo de R$ 14,30 por ação – valor menor que o previsto inicialmente, de R$ 16,80. No total, o governo de São Paulo vai embolsar R$ 1,5 bilhão e a União, algo em torno de R$ 1,3 bilhão de outorga. Várias companhias acessaram o data room para avaliar os números da Cesp, mas muitas delas desistiram do leilão ou estão menos ativas no processo. A lista de companhias que já analisaram a estatal paulista inclui a gestora Vinci Partner, Engie e China Three Gorges (CTG) – empresa que comprou Ilha Solteira e Jupiá da Cesp.
Restaram as três que ainda avaliam participar do processo, mas não bateram o martelo. O ambiente político é a principal questão na mesa. Interessados argumentam que a instabilidade criada no setor elétrico com as mudanças regulatórias feitas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) inibe investimentos. Aliada a isso, a recente declaração do candidato Jair Bolsonaro (PSL) de que a Eletrobrás é considerada estratégica também assustou potenciais investidores, que temem intervenções no setor. Uma das interessadas no leilão é a divisão de energia do grupo Votorantim, que tem como parceira o fundo de pensão canadense Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB). A companhia considera que os ativos da Cesp fazem sentido ao negócio, mas a decisão final será tomada esta semana. Com parte de seus investimentos voltados em infraestrutura, o Pátria também analisa os ativos da Cesp. O fundo tem olhado infraestrutura, como concessões de rodovias e ativos no setor elétrico. A Squadra ainda não conseguiu levantar os recursos e estaria estruturando um grupo para participar do leilãos. Segundo especialistas, alguns investidores desistiram da Cesp por causa da preocupação com esqueletos que possam existir na empresa e que estejam subdimensionados – o saldo de ações judiciais da elétrica é da ordem de R$ 10 bilhões, segundo o balanço da companhia. Há ainda a questão do risco regulatório, que tem causado um rombo bilionário no setor elétrico, e também na Cesp. Esse seria um dos fatores que estariam afastando a chinesa CTG da disputa.
Marcado inicialmente para 2 de outubro, o leilão de privatização da Cesp foi adiado por causa de uma decisão judicial às vésperas da disputa. Embora não descarte novas liminares, o secretário da Fazenda de São Paulo, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, diz que o certame está garantido para sexta-feira, apesar da turbulência política que tem atrapalhado decisões de investidores: “Do ponto de vista de Estado, as condições não mudaram. A venda da empresa está sendo estudada desde 2006 e está madura". Ele afirmou que, por ora, não dá para avaliar o resultado da disputa e se os interessados vão efetivamente apresentar propostas.
Marcado inicialmente para 2 de outubro, o leilão de privatização da Cesp foi adiado por causa de uma decisão judicial às vésperas da disputa. Embora não descarte novas liminares, o secretário da Fazenda de São Paulo, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, diz que o certame está garantido para sexta-feira, apesar da turbulência política que tem atrapalhado decisões de investidores: “Do ponto de vista de Estado, as condições não mudaram. A venda da empresa está sendo estudada desde 2006 e está madura". Ele afirmou que, por ora, não dá para avaliar o resultado da disputa e se os interessados vão efetivamente apresentar propostas.
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