Assine Vitor Vieira Jornalismo

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Médicos gaúchos estão dando um péssimo exemplo nas eleições

O Brasil inteiro está mobilizado no processo eleitoral para escolha de Presidente da República e de alguns governadores neste segundo turno. Mobilizações enormes de ruas foram verificadas no último final de semana em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Porto Alegre e outros locais. Isso denota o quanto a eleição presidencial está galvanizando as opiniões e decisões do povo brasileiro. Mas, no Rio Grande do Sul, os médicos gaúchos dão um péssimo exemplo ao povo do Estado. Está em curso o processo para eleição do presidente do SIMERS - Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul. A eleição se processa de duas formas: 1) pelo envio de cédulas com as chapas, para que os médicos preencham e as reenviem pelos Correios; 2) de maneira presencial, no próximo dia 5 de novembro, na sede do sindicato, em Porto Alegre. A comissão eleitoral e representantes das duas chapas procuraram os Correios para obter informações sobre o retorno dos votos. A constatação é triste. Depois de quase dois meses de prazo de votação, votaram pelos Correios apenas 3.600 médicos eleitores, quando a quantidade total de cédulas validadas pelas duas chapas foi superior a 14 mil. Desse total, cerca de 400 endereços de médicos não foram encontrados pelos Correios. 

Esse inacreditável clima de desinteresse dos médicos, e de alienação, ocorre no mesmo momento em que atual diretoria do sindicato está completamente desmoralizada pelo escândalo da revelação das conversas do ex-presidente, médico Paulo Argolo Mendes, flagrado acertando fraudes, lavagem de dinheiro, tramando venda de seguros com o dinheiro de seus colegas, e escondendo vergonhoso desfalque que continuou por longos dois anos na tesouraria do sindicato. O escândalo foi tão grande que ele se viu obrigado a renunciar à presidência do sindicato, onde imperou por 20 anos. Saiu, mas continua encabeçando a chapa 1, chapa da situação, de maneira ilegal, ao contrário do que dispõe expressamente o regimento do sindicato. Ou seja, é uma chapa "fake". E ficou no seu lugar a médica comunista Maria Rita de Assis Brasil, que é acusada pelo seu ex-motorista de uso de pessoal e equipamentos e recursos do Simers em seu benefício pessoal. Maria Rita, além disso, assinava os cheques para pagamentos pelo Simers das contas pessoais dos médicos, por meio dos quais se produzia o desfalque no Simers. Pois este conjunto de maracutaias é que torna inacreditável o desinteresse dos médicos na eleição de seu sindicato, na contramão do que é espírito que toma as consciências dos brasileiros na eleição para a Presidência da República. Os médicos do Rio Grande do Sul estão devendo um bom exemplo aos cidadãos.

Nenhum comentário: