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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Setor energéticco, esculhambado pela petista Dilma Rousseff, deixou um passivo de R$ 88 bilhões para 2019

A conta de luz do consumidor pode ter que arcar com um aumento de até R$ 88 bilhões no próximo ano, segundo cálculo da Abrace (associação que reúne grandes consumidores de energia, como indústrias). O valor estimado é fruto de esqueletos da privatização da Eletrobras, obras da usina nuclear de Angra 3, entre outras pendências que, podem ir parar na tarifa de energia. O projeto de lei que hoje tramita no Senado Federal e que busca transferir débitos das distribuidoras da estatal à conta de luz pode impactar a conta em R$ 5 bilhões. Além disso, a estatal cobra que a União arque com os custos das distribuidoras durante o período em que operam como designadas --uma extensão temporária das concessões enquanto as empresas não são vendidas. O valor somaria R$ 11 bilhões. "Somos favoráveis à privatização, o que nos preocupa são os custos", diz o presidente da associação, Edvaldo Santana. Além disso, há gastos com as obras da usina de Angra 3, que estão paradas. A entidade calcula R$ 15 bilhões já gastos, que podem ir para a conta de luz, e outros R$ 17 bilhões necessários para concluir a obra. Há também débitos relativos ao acionamento de usinas térmicas em períodos de seca, em que a geração hidrelétrica diminui. Esses gastos são ressarcidos pelas chamadas bandeiras tarifárias (adicionais na conta de luz), mas estas não têm sido suficientes para cobrir os custos. "Mais da metade dos gastos transferidos à conta de luz pode ser reduzido sem grande esforço, só com um pouco de racionalidade. Mas, só se não deixar crescer, já é coisa para caramba". Entre as propostas que a entidade apresentou a candidatos à presidência, em um evento realizado na quarta-feira (5), em São Paulo, estão a redução em intervenções do governo no setor elétrico e o corte de subsídios, como aqueles dados a fontes renováveis. 

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