quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Procurador-geral do Paraná pede suspeição do ministro Gilmar Mendes e a volta de Beto Richa para a cadeia

Em recurso contra habeas corpus que livrou da prisão o ex-governador Beto Richa(PSDB), o procurador-geral de Justiça do Paraná, Ivonei Sfoggia, pediu a suspeição do ministro Gilmar Mendes ao Supremo Tribunal Federal. O chefe do Ministério Público do Estado pede o restabelecimento da ordem de prisão do ex-governador no âmbito da Operação Radiopatrulha e argumenta que Gilmar Mendes fez "juízo antecipado" do caso ao apontar, em entrevista a jornalistas, suposto "abuso" na prisão do candidato tucano ao Senado. A manifestação de Sfoggia é também subscrita pelos procuradores Rodrigo Régnier Chemim Guimarães, da Coordenadoria de Recursos Criminais, e Fabio André Guaragni, e ainda pelo promotor Rodrigo Leite Ferreira Cabral .Ela ocorreu na terça-feira, 18, mesmo dia em que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apelou contra a decisão de Gilmar Mendes. Em seu parecer, Raquel Dodge afirma que o ministro pode se tornar "revisor direto e universal de todas as prisões temporárias do País". O procurador-geral do Paraná pontua no pedido de suspeição de Gilmar que Gilmar comentou a prisão de Richa no dia 12 de setembro, à imprensa – o tucano havia sido preso no dia anterior, pela Radiopatrulha, investigação sobre supostas propinas de R$ 70 milhões em contratos de manutenção de estradas rurais no interior do Paraná. “Não tenho dados sobre o caso, mas de fato todo esse hiperativismo que se revela no contexto, na prisão, neste caso, nos processos contra candidatos, Alckmin, Haddad, com processos antigos. Pelo que estava olhando no caso do Richa, é um episódio de 2011”, assinalou o ministro, na entrevista em que faz alusão, ainda, a investigações do Ministério Público de São Paulo que cerca o ex-prefeito da Capital e o ex-governador, ambos candidatos à Presidência. 

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