domingo, 23 de setembro de 2018

Ministério Público Federal defende manter prisão preventiva de operador financeiro Sérgio Boccaletti, alvo da Lava Jato

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato encaminharam documento ao juiz Sérgio Moro na sexta-feira (21) em que se manifestam contra a substituição da prisão preventiva do operador financeiro Sérgio Boccaletti. Boccaletti foi preso na 51ª fase da Lava Jato por suspeita de participação em esquema de corrupção no contrato de construção da casa de força da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os procuradores argumentam que a atuação de Boccaletti no esquema é de "notável gravidade" e que os fundamentos que levaram à prisão preventiva permanecem os mesmos e por isso a medida deve ser mantida. O Ministério Público Federal respondeu a pedido feito por Moro que, durante audiência no início da semana, afirmou que analisava a possibilidade de substituir a prisão preventiva de Sérgio Boccaleti por medidas cautelares. Na ocasião, Moro pediu que o Ministério Público Federal enviasse a estimativa dos valores que Boccaletti teria intermediado em propinas para executivos da Petrobras. Ao responder a solicitação de Moro, os procuradores estimaram que os valores repassados ilicitamente ultrapassam os R$ 42 milhões.

Se Moro decidir pelas medidas cautelares, o Ministério Público Federal sugere que o magistrado determine regras como o dever de comparecer à Justiça sempre que for solicitado, a proibição de deixar o Brasil e o pagamento de fiança de R$ 42 milhões, valor idêntico ao que os procuradores acreditam que teria sido repassado em meio ao esquema de corrupção. Em junho deste ano, Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra sete pessoas pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados ao contrato de construção da casa de força da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

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