A Justiça paulista condenou a ex-prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, a 18 anos e 9 meses de cadeia por envolvimento em esquema corrupto de pagamento ilegal de honorários a uma advogada. Outros cinco réus também foram condenados, a partir da deflagração da operação Sevandija. Conforme a decisão, do juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), a sentença considerou os seis envolvidos culpados por associação criminosa e por 43 crimes de desvio de dinheiro público. A Operação Sevandija foi deflagrada em setembro de 2016 e levou ao surgimento de seis ações penais, contra 47 pessoas. Os réus são acusados de fraudar licitações cujo montante chega a R$ 256 milhões. Além de Dárcy Veras, foram condenados na quarta-feira (5) o ex-secretário da Administração, Marco Antonio dos Santos (18 anos e 9 meses), os advogados Maria Zuely Librandi (14 anos e 8 meses), André Soares Hentz (14 anos e 8 meses) e Sandro Rovani (14 anos e 8 meses), além do ex-presidente do Sindicato dos Servidores, Wagner Rodrigues (11 anos), delator do esquema. Dárcy Veras, que governou a cidade entre 2009 e 2016-, Santos, Librandi e Rovani já estavam presos preventivamente. Rodrigues cumprirá a pena em prisão domiciliar, enquanto Hentz, o único dos réus que estava em liberdade, poderá recorrer na mesma condição -mas não poderá se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização e terá de ir ao Fórum todos os meses para justificar suas atividades. Dárcy foi condenada na ação que apontou o pagamento ilegal de honorários à advogada Librandi, a partir de documentos de delação premiada feita por Rodrigues. Candidato à prefeitura em 2016 pelo PCdoB, ele foi detido seis dias após a deflagração da operação, em setembro, e delatou o esquema. O caso envolve um acordo judicial que resultou no parcelamento de R$ 800 milhões a serem pagos pela prefeitura a servidores devido a perdas decorrentes do Plano Collor. Já foram pagos mais de R$ 300 milhões, além de R$ 45,4 milhões em honorários -alvo da ilegalidade, conforme a Promotoria.

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