quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Ibope aponta que Bolsonaro amplia a liderança e chega a 26% das intenções de voto

Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuais na primeira pesquisa nacional do Ibope feita depois de o candidato ter sido esfaqueado em um ato de campanha. Ele tem agora 26% das intenções de voto. Disputam o segundo lugar, embolados, Ciro Gomes (PDT, 11%), Marina Silva (Rede, 9%), Geraldo Alckmin (PSDB, 9%) e Fernando Haddad (PT, 8%). Na pesquisa divulgada há uma semana, antes do ataque, Bolsonaro tinha 22% das preferências. Ele foi ferido a facada por um terrorista do PSOL na quinta-feira passada, enquanto participava de uma agenda eleitoral em Juiz de Fora (MG). Os entrevistadores do Ibope foram a campo entre o sábado e a segunda-feira, período que coincidiu com um aumento expressivo da exposição do candidato do PSL nos meios de comunicação. Se Bolsonaro crescer mais cinco a sete pontos percentuais, será possível a eleição ter um vencedor já no primeiro turno no dia 7 de outubro. 

Na pesquisa espontânea, na qual os eleitores manifestam sua preferência antes de ler a lista com os nomes dos candidatos, Bolsonaro subiu seis pontos porcentuais, de 17% para 23%. Além do crescimento das intenções de voto, ele teve um recuo na taxa de rejeição. A parcela do eleitorado que não votaria de jeito nenhum em Bolsonaro caiu de 44% para 41%. Nesse quesito, a taxa de Marina Silva oscilou dois pontos para baixo, de 26% para 24%. A rejeição a Ciro Gomes caiu três pontos, de 20% para 17%. A do poste do bandido corrupto e presidiário Lula, Fernando Haddad, manteve-se em 23%. A taxa de Alckmin teve queda de três pontos porcentuais, de 22% para 19%.

O levantamento captou os efeitos de pouco mais de uma semana de exibição do horário eleitoral gratuito. Apesar de ser o detentor de quase metade do tempo de propaganda no rádio e na TV, Alckmin não cresceu em relação à pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada em 5 de setembro, permanecendo com 9%. No mesmo período, Ciro Gomes oscilou um ponto porcentual para baixo, de 12% para 11%. Marina Silva teve queda de três pontos, de 12% para 9%.  

Anunciado nesta terça-feira, 11, como substituto do bandido corrupto e presidiário Lula – condenado e preso na Operação Lava Jato – na chapa presidencial do PT, Haddad oscilou dois pontos para cima, de 6% para 8%. O petista apresenta tendência de crescimento, já que tinha apenas 4% na primeira pesquisa da série. Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) alcançaram o mesmo resultado: 3%. Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lúcia (PSTU) ficaram com 1%, e Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram. A taxa de votos brancos ou nulos apresenta tendência de queda. Era de 29% no levantamento de 20 de agosto, passou para 21% no início de setembro e agora chegou a 19%. Os indecisos são 7%.

O Ibope registrou uma série de empates técnicos nas simulações de segundo turno em que Bolsonaro disputa com qualquer um de seus principais adversários. Contra Haddad, o placar pró-Bolsonaro seria de 40% a 36% – um empate no limite da margem de erro, o que significa que são muito maiores as probabilidades de o candidato do PSL estar à frente. Um embate entre Ciro Gomes e Bolsonaro terminaria em 40% a 37% se as eleições fossem hoje – um empate praticamente no limite da margem, com maiores chances de vitória do ex-ministro e ex-governador do Ceará. Apesar de não ser mais candidato, Lula – que cumpre prisão em Curitiba desde abril pela condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP) – ainda foi citado por 15% dos eleitores na pesquisa espontânea, uma queda de sete pontos em comparação ao dia 5 de setembro. Nessa modalidade, Ciro aparece com 5%, Haddad tem 4%, Alckmin, 4% e Marina, 3%. 

Anteontem, pesquisa divulgada pelo Ibope sobre a disputa eleitoral em São Paulo mostrou que, entre os paulistas, o ataque a Bolsonaro não provocou alterações significativas na corrida presidencial. No Estado, o candidato do PSL apenas oscilou de 22% para 23% na comparação entre os levantamentos divulgados nos dias 20 de agosto e 10 de setembro.

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