O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, prestou depoimento por cerca de uma hora no Ministério Público de São Paulo na tarde desta quarta-feira, 15, e negou ter recebido recursos ilícitos da Odebrecht em suas campanhas ao governo do Estado em 2010 e 2014. Os pagamentos foram citados por três delatores da empreiteira no âmbito da Operação Lava Jato. Alckmin entrou e saiu de carro do prédio do Ministério Público paulista, no centro de São Paulo, sem falar com a imprensa. Após o depoimento, o advogado José Eduardo Alckmin, defensor do tucano, disse que as provas colhidas até agora são insubisistentes e não descartou entrar com pedido para trancar as investigações contra o ex-governador na área cível e eleitoral. “Há de se aguardar as investigações que ainda estão em fase de inquérito para ver depois se é o caso até de se requerer o trancamento do próprio inquérito em função das provas insubusistentes”, disse o advogado de Alckmin.
Segundo ele, o presidenciável tucano respondeu a todas as perguntas feitas pelo promotor Ricardo Manuel Castro, responsável por investigar suspeita de improbidade administrativa do ex-governador envolvendo os supostos pagamentos de R$ 10, 3 milhões feitos pela Odebrecht nas duas campanhas. “Foi tranquilo. Ele procurou esclarecer todos os pontos. Teve a oportunidade de demonstrar que as suspeitas não são procedentes”, disse o defensor. Além de Alckmin, também são investigados o empresário Adhemar César Roteiro, cunhado do tucano, e o ex-secretário de Planjemaneto e tesoureiro da campanha de 2014, Marcos Monteiro. Os dois são acusados por três delatores da Odebrecht de terem recebido R$ 10,3 milhões para as campanhas – R$ 2 milhões a Adhemar em 2010, sob o codinome “Belem” e R$ 8,3 milhões a Monteiro, sob os codinomes “Salsicha” e “M&M”. Todos negam terem recebido vantagens indevidas.
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