Com o avanço do dólar comercial frente nesta quinta-feira (30), quando chegou a valer quase R$ 4,17, o Banco Central anunciou, no início da tarde, o leilão de US$ 1,5 bilhão em contratos de swap cambial – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – para tentar conter a alta da moeda norte-americana. Ao todo foram fechados 34,3 mil contratos de swap nos leilões promovidos pelo Banco Central. Mesmo com a atuação do Banco Central o dólar continua em alta na comparação com o dia anterior, quando encerrou o pregão vendido a R$ 4,114. O dólar turismo, usado em viagens internacionais, foi vendido a R$ 4,56 em casas de câmbio de São Paulo. O valor não inclui taxas de serviço e tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado de quem compra a moeda na hora da transação. Na última quarta-feira (28), dia em que a moeda norte-americana fechou no segundo maior nível desde a criação do real, o Banco Central já havia anunciado a venda de US$ 2,15 bilhões das reservas internacionais do Brasil com compromisso de recomprá-las mais adiante. Por meio das operações de swap cambial, o Banco Central vende dólares no mercado futuro, mas sem transferir o recurso de fato. Ao fim do contrato, o BC garante ao investidor o pagamento da variação do dólar no período, e o investidor restitui a variação da taxa de juros no período. Se a taxa de juros for superior, o investidor embolsa os rendimentos. Se a moeda subir mais que os juros no período, o Banco Central ganha em um primeiro momento, mas troca de rendimentos com os investidores e sai perdendo. Esse contrato faz com que os investidores diminuam o interesse na compra da moeda norte-americana e com que seu valor frente ao real seja reduzido no mercado de câmbio.
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