A decisão do comando nacional do PSB de fechar acordos regionais com o PT, os quais devem levar o partido a declarar neutralidade na disputa presidencial, causou insatisfação em diretórios estaduais da sigla. Em Brasília e em Minas Gerais, dirigentes da legenda consideraram a definição um equívoco e avaliaram que o partido perde ao não apoiar oficialmente uma candidatura fora da polarização entre PT e PSDB. "É lamentável e é um erro do partido. Nós tínhamos iniciado um processo para romper com a polarização, como fizemos com Eduardo Campos em 2014", reclamou o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Ele disse que, mesmo com a neutralidade, fará campanha por Ciro Gomes, do PDT, o qual considera um nome preparado para o Palácio do Planalto. Em Minas Gerais, o presidente estadual do PSB, João Grossi Martins, disse que discorda da decisão da sigla, sobretudo ao retirar a candidatura de Márcio Lacerda ao governo mineiro. Em nota, Lacerda disse que foi surpreendido com a decisão. "Recebi essa comunicação com indignação, perplexidade, revolta e desprezo", disse. Caso se declare neutro, o PSB orientará os diretórios estaduais, por meio de uma espécie de cartilha, a apoiarem candidaturas de esquerda que sejam contrárias à reforma trabalhista.
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