quinta-feira, 30 de agosto de 2018

A peronista populista Cristina Kirchner será chamada para novo depoimento na Polícia Federal da Argentina

A ex-presidente argentina e atual senadora Cristina Kirchner, peronista populista muito incompetente e que comandou governos altamente corruptos, deverá prestar novo depoimento em 3 de setembro ante o juiz Claudio Bonadio no caso de subornos conhecido como "Escândalo dos cadernos", confirmou Gregorio Dalbón, um de seus advogados. Cristina Kirchner, de 65 anos e que governou a Argentina entre 2007 e 2015, por dois mandatos, já havia comparecido em 13 de agosto a uma primeira sessão de interrogatório no tribunal que investiga o pagamento de subornos por parte de empresários para obter contratos de obras públicas. "O dólar está quase 35 pesos e Bonadio volta a me chamar para prestar depoimento no mesmo caso das buscas", reagiu Cristina Kirchner em um tuíte, em alusão à crise cambiária que o país atravessa. Como se uma coisa tivesse a ver com a outra e fosse papel do juiz fazer política econômica e financeira. A ex-presidente, da corrente de centro esquerda do peronismo, considera que o caso que a tem como a principal beneficiária da trama de milionários subornos faz parte de um complô que pretende proscrevê-la da política. A convocação a comparecer novamente no tribunal se deve ao fato das investigações, inicialmente fixadas entre 2008 e 2015, foram ampliadas para abarcar também os anos de 2003 a 2008, segundo a citação publicada pelo Centro de Informação Judicial. Cristina Kirchner é a pessoa de mais alto escalão investigada no caso do "Escândalo dos cadernos", que envolve uma dúzia de ex-funcionários kirchneristas e cerca de 30 altos empresários, a maioria dos quais correu para fazer delação premiada. O esquema de subornos, narrado em uma série de cadernos detalhados de um motorista do Ministério do Planejamento e que acabaram nas mãos da Justiça, abarca também a presidência do falecido e muito corrupto Néstor Kirchner (2003-2007). Como senadora, Cristina Kirchner conta com foro privilegiado que impede a sua detenção, embora possa ser denunciada e condenada. Na semana passada, e após autorização do Parlamento, suas três residências em Buenos Aires e nas localidades de Río Gallegos e El Calafate, na Patagônia (sul), foram revistadas por ordem do juiz Bonadio. Além disso, Cristina Kirchner tem abertos outros cinco processos judiciais por corrupção e por encobrir terrorista iranianos no ataque à associação mutual judaica AMIA.

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