segunda-feira, 23 de julho de 2018

Trump estuda cassar acesso à informação de ex-diretores da CIA e FBI


O presidente Donald Trump estuda revogar as credenciais de acesso a documentos confidenciais de ex-funcionários ligados à segurança nacional dos Estados Unidos, entre eles o ex-diretor da CIA, John Brennan, o ex-diretor do FBI, James Comey, e o ex-diretor da Inteligência Nacional, James Clapper, afirmou nesta segunda-feira, 23, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders. Nos Estados Unidos, ex-diretores de agentes de inteligência costumam manter sua autorização de acesso a documentos sigilosos por até dez anos depois de deixarem o cargo, em parte para que possam compartilhar ideias com os diretores atuais. Sanders disse que Trump acredita que os ex-funcionários “politizaram” seus cargos ao acusar Trump de ter um relacionamento inadequado com o governo russo, e disse que em alguns casos eles “monetizaram seu acesso a informação”, sem esclarecer o que ela queria dizer. “O fato de pessoas com estas credenciais de acessos estarem fazendo acusações infundadas fornece legitimidade inadequada a acusações com zero evidência”, disse Sanders. Ela também disse que Trump estava de olho nas credenciais do ex-diretor da NSA, Michael Hayden, da ex-conselheira de segurança nacional, Susan Rice, e do ex-vice-diretor do FBI, Andrew McCabe.

O senador republicano Rand Paul disse que planeja se encontrar com o presidente Trump nesta segunda-feira, 23, e pedir a ele que revogue esta habilitação de segurança do ex-diretor da CIA, John Brennan, que criticou duramente Trump em sua visita à Rússia. Brennan, que serviu durante o governo do presidente Barack Obama, usou a palavra “traição” para descrever o desempenho de Trump em sua cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, em Helsinque, dizendo que ele estava “totalmente no bolso de Putin”. Em um tweet publicado na segunda-feira, Paul sugeriu que Brennan estava tentando lucrar com sua credencial de segurança “divulgando para a grande mídia segredos” que minam Trump. Também que sua credencial de segurança deveria ser revogada.

Paul, que já foi um dos principais críticos de Trump no Partido Republicano, emergiu como um de seus mais ferozes defensores no caso do encontro do presidente americano com Vladimir Putin, chamando os que questionaram os esforços de Trump para construir um relacionamento com Putin de “desequilibrados” e “loucos”. Após a cúpula da semana passada com Putin, Trump foi amplamente criticado por democratas e republicanos por parecer muito receptivo com o líder russo e por não enfrentá-lo de forma mais agressiva na interferência russa nas eleições de 2016. Brennan, que esteve envolvido nas avaliações da interferência russa, agora atua como analista sênior de segurança e inteligência nacional para as emissoras de TV americanas NBC News e a MSNBC, e frequentemente faz comentários críticos sobre Trump.

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