sábado, 14 de julho de 2018

MDB marca convenção para homologar ou rifar a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência

O MDB marcou para 4 de agosto a convenção nacional que deve homologar a candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles à Presidência. Ou rifá-la. Embora Meirelles ainda esteja com 1% das intenções de voto, levantamento feito pela cúpula do partido indica que o apoio dos diretórios estaduais ao nome dele cresceu. Em reunião realizada, em Brasília, os ministros da Casa Civil, Eliseu "Fodão" Padilha; de Minas e Energia, Moreira Franco, e o presidente do MDB, senador Romero Jucá, disseram a Meirelles que, agora, ele precisa fazer movimentos externos para ganhar a confiança do eleitor.


Eliseu "Fodão" Padilha apresentou ali uma planilha indicando que, se a convenção do MDB fosse hoje, a candidatura do ex-ministro seria aprovada por cerca de 70,4% dos presentes. Pelas contas do titular da Casa Civil, que também é vice-presidente do MDB, Meirelles tem aval de 443 dos 629 delegados. Ainda há, porém, resistências ao lançamento do ex-chefe da equipe econômica nos diretórios do MDB de Alagoas, Ceará, Sergipe, Paraná e Pernambuco. Jucá afirmou que o MDB não retirará Meirelles do páreo: “Não tem sentido o maior partido do Brasil ficar no banco de reserva”, disse o senador ao Estado. “Temos de jogar para a frente, mesmo porque o momento que vivemos não é de se eximir do debate. A sociedade cobra firmeza e coerência". 

Sob forte desgaste, o presidente Michel Temer não entrará na campanha. Recente pesquisa Ibope, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o governo Temer é reprovado por 79% da população. Nesse cenário, a companhia do presidente no palanque é considerada tóxica até mesmo por aliados. Até agora, o MDB não fechou aliança com nenhum partido para ocupar o posto de vice e pode até apresentar uma chapa puro sangue. “Não tem problema. Nós temos o maior tempo de TV e, por enquanto, estamos tratando de reforçar nosso candidato”, insistiu Jucá. Na tentativa de se apresentar como alternativa entre os “extremos”, Meirelles vai reforçar o discurso da pacificação. Em novo vídeo da campanha para as redes sociais, dois grupos -- um vestido de vermelho e outro, de azul -- medem forças e protagonizam acirrada queda de braço, puxando uma retorcida bandeira do Brasil. 

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