O grupo holandês de engenharia naval SBM Offshore informou que um tribunal brasileiro ordenou à Petrobras que retenha provisoriamente alguns pagamentos que faria a ela. A intenção é garantir que a empresa holandesa pague penalidades que venham a receber em um caso de corrupção. As ações da SBM chegaram a cair mais de 8% no pregão da bolsa de Amsterdã, apesar do concomitante anúncio pela empresa de um novo contrato com a petroleira Exxon Mobil. A SBM, a maior de afretamento de plataformas no mundo e uma das principais fornecedoras da Petrobras, disse que os juízes do Tribunal Federal do Rio de Janeiro pediram à Petrobras e à SBM que enviem mais informações antes de decidirem o valor mensal a ser retido dos pagamentos. "A empresa discorda fortemente da decisão provisória, está buscando mais esclarecimentos e está tomando todas as medidas apropriadas para defender seus interesses", disse a SBM. A SBM, que foi acusada de pagar propinas a funcionários do governo para garantir contratos com a Petrobras, disse que não poderia dar garantias de que alcançaria um acordo favorável no Brasil. Em novembro, dois ex-executivos da SBM se declararam culpados das acusações americanas de que participaram de um esquema para subornar funcionários de três empresas petrolíferas estatais estrangeiras, incluindo a brasileira Petrobras.
sábado, 14 de julho de 2018
Justiça ordena que Petrobras retenha pagamentos à SBM
O grupo holandês de engenharia naval SBM Offshore informou que um tribunal brasileiro ordenou à Petrobras que retenha provisoriamente alguns pagamentos que faria a ela. A intenção é garantir que a empresa holandesa pague penalidades que venham a receber em um caso de corrupção. As ações da SBM chegaram a cair mais de 8% no pregão da bolsa de Amsterdã, apesar do concomitante anúncio pela empresa de um novo contrato com a petroleira Exxon Mobil. A SBM, a maior de afretamento de plataformas no mundo e uma das principais fornecedoras da Petrobras, disse que os juízes do Tribunal Federal do Rio de Janeiro pediram à Petrobras e à SBM que enviem mais informações antes de decidirem o valor mensal a ser retido dos pagamentos. "A empresa discorda fortemente da decisão provisória, está buscando mais esclarecimentos e está tomando todas as medidas apropriadas para defender seus interesses", disse a SBM. A SBM, que foi acusada de pagar propinas a funcionários do governo para garantir contratos com a Petrobras, disse que não poderia dar garantias de que alcançaria um acordo favorável no Brasil. Em novembro, dois ex-executivos da SBM se declararam culpados das acusações americanas de que participaram de um esquema para subornar funcionários de três empresas petrolíferas estatais estrangeiras, incluindo a brasileira Petrobras.
A Petrobras tem estado no centro do maior escândalo de corrupção da história do Brasil, em meio a investigações sobre um esquema político de propinas envolvendo empreiteiras. Em seu relatório anual de 2017, a SBM disse que os desenvolvimentos no Brasil, seu maior mercado único, estavam prejudicando sua capacidade de obter novos negócios. O tamanho de qualquer acordo "não pode ser confirmado, o que significa que há um risco de prolongamento da incapacidade de receber encomendas da Petrobras".
A SBM pagou US$ 240 milhões (cerca de R$ 945 milhões) às autoridades holandesas em 2014 para resolver casos de suborno na Guiné Equatorial, Angola e Brasil. A ordem judicial brasileira surgiu apenas dois dias depois que a SBM ganhou um contrato para fornecer uma nova embarcação de produção para a Exxon Mobil na Guiana. Isso provocou o maior ganho em suas ações em quase dois anos. A empresa registrou uma perda de US$ 203 milhões em 2017, com ganhos operacionais subjacentes de US$ 806 milhões.
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