Depois de um ano e meio de discussões, o governo lançou no dia 5 um novo programa de estímulo tributário para a indústria automotiva. Chamado de Rota 2030, o regime terá um custo fiscal de até R$ 1,5 bilhão por ano nos próximos 15 anos. O governo correu para lançar o Rota por conta da legislação eleitoral, que impede atos do tipo após o dia 7 de julho. As montadoras de veículos poderão abater de 10,2% a 12% do valor que investirem em pesquisa e desenvolvimento no pagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) – aportes em áreas consideradas estratégicas permitirão abatimento maior. Depois de uma árdua negociação com o Ministério da Fazenda - que era contra a concessão de qualquer renúncia para o setor – o percentual ficou abaixo dos 20% esperados pelas montadoras e defendidos pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Pelo desenho do programa, para conseguir o abatimento de R$ 1,5 bilhão em crédito, toda a indústria terá que investir R$ 5 bilhões.
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