Às 22h15 minutos da noite desta segunda-feira me coloquei frente à televisão para acompanhar a sabatina do deputado federal Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL, no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Minhas expectativas eram baixas, esperava uma sessão de trituração de Bolsonaro pela bancada formada pela fina flor do jornalismo ("liberal" no sentido americano, do "esquerdista", do "progressista", do "engajado socialmente", do "politicamente correto"), ali representando os maiores veículos de comunicação do País: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Veja e Valor Econômico. Conheci por dentro três desses veículos.
Deu-se absolutamente o inverso. O "capitão" deu um banho neles todos, dotado de uma lógica irrepreensível, simples e direta, que tirou dos seus lugares comuns os jornalistas esquerdistas, com seus olhares inquisidores e pretensamente inteligentes, que pretendiam aplicar em Bolsonaro uma "pegadinha" mortal. A pauta era evidente: ditadura, tortura, machismo, xenofobia, misoginia, e por aí ficou.
Jair Bolsonaro liquidou com todos os seus inquisidores. Fez mais do que isso: deixou que todos os jornalistas ficassem expostos nos seus interesses escusos, nos seus objetivos de produção de uma falsificação histórica. Teve jornalista naquela bancada que pretendeu usar informação da Wikipedia para comprometer Bolsonaro, quando qualquer um está cansado de saber que a Wikipedia é completamente inepta para servir como fonte ao jornalismo sério.
Se eu tinha alguma dúvida, ela se dilui, Jair Bolsonaro está realmente preparado para enfrentar a tigrada esquerdopata e acabar com a hegemonia do pensamento marxista no Brasil. É claro que não concordo totalmente com as coisas que ele diz. Por exemplo: discordo radicalmente da posição dele contra o sistema de cotas nas universidades públicas do Brasil. Acho que esse sistema deve permanecer. Ele não falou, mas eu sugiro, que seja cobrada a universidade para todos os filhos de famílias abastadas que têm condições de pagar seus estudos. Nisso nós concordaríamos.
Concordo plenamente na liberação das armas. É como ele disse, à jornalista a Folha de S. Paulo que quis comprometê-lo com uma pegadinha, relembrando que ele tinha sido assaltado e perdido sua arma no episódio. Bolsonaro liquidou com a pergunta com a maior facilidade: "Se você não quer arma, basta não comprar". E por aí falou. Vai ser muito difícil derrotá-lo nos debates e nas urnas, porque Jair Bolsonaro está expressando o sentimento da maioria do povo brasileiro, que não quer mais saber de esquerda, como ele mesmo afirmou no Roda Viva.
Um comentário:
Jair Bolsonaro jantou todos eles e expôs o nível bizarro e mal-caráter que se tornou o jornalismo brasileiro. Aqui jaz o jornalismo brasileiro!
Eis algumas pérolas ditas:
* Jesus foi um refugiado
* Wikipedia como fonte de informação
* Voto impresso sendo levado para casa
* Querer um Brasil grande é ser estadista
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