O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na sexta-feira, 8, que considera conceder perdão a cerca de três mil pessoas, entre elas o ex-boxeador Muhhamad Ali, morto em 2016. Segundo o presidente, muitas das três mil pessoas "foram tratadas de maneira injusta": "Em alguns casos, suas penas foram grandes demais". Ali se recusou a servir às Forças Armadas americanas em 1967, alegando ser objetor de consciência, e foi condenado a cinco anos de prisão. Ele nunca foi preso enquanto recorria da decisão e, em 1971, a Suprema Corte dos EUA anulou sua condenação. A resistência de Ali o tornou um herói dos direitos civis e do movimento anti bélico durante um período altamente polarizado na história americana, que vivia a Guerra do Vietnã. Como consequência da condenação, ele foi afastado por três anos da prática do boxe. "Estou pensando em alguém que todos vocês conhecem muito bem, ele passou por muita coisa e não era muito popular naquela época", disse Trump. "Sua memória é muito popular agora. Estou pensando em Muhammad Ali. Estou pensando muito seriamente sobre isso". O presidente acrescentou que Ali não era muito popular quando se recusou a servir ao Exército. Trump também disse que vai conversar com jogadores de futebol americano da NFL que pedem reformas na justiça criminal e pedir sugestões de pessoas que foram tratadas de maneira injusta. Os perdões são concedidos por meio do indulto presidencial garantido pela Constituição.
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