Outra testemunha complicou a situação do réu condenado e preso como corrupto Lula da Silva, desta vez no âmbito da ação sobre o sítio de Atibaia. O jornal Gazeta do Povo, Curitiba, diz hoje que o encarregado de obras Misael de Jesus Oliveira, da OAS Empreendimentos, revelou, em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, nesta segunda-feira, pelo menos uma "cobrança" do bandido corrupto Lula em relação ao lago do sítio de Atibaia (SP). Misael narrou que o caseiro "Maradona" passava recados do petista. A propriedade é alvo de ação penal da Operação Lava-Jato contra o ex-presidente. Lula é acusado de corrupção e propina nas reformas do sítio. Na semana passada, a arquiteta que projetou a reforma do sítio, disse a Moro que apresentou a Marisa Letícia projeto de cozinha de sítio. Misael foi ouvido como testemunha de defesa de outros dois réus no mesmo processo, o empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e o executivo Paulo Gordilho. O encarregado citou a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017. Ele relatou que a ex-mulher de Lula pediu para avaliar um forno na churrasqueira. "A primeira-dama me pediu diretamente algumas coisas. O presidente, só através de recados. Ele nunca chegou para mim para pedir nada", afirmou. "Ele ('Maradona') falava: o presidente tá perguntando quando vai ficar pronto o lago, quando que vai mexer no lago, o que está acontecendo no lago. "Todas as quartas ela (Marisa Letícia) ia com o segurança e nos finais de semana. O ex-presidente eu vi duas vezes lá", afirmou. O encarregado de obras estimou as obras em "R$ 400 mil a R$ 500 mil" entre material e mão de obra. Ele relatou que comprava o material com dinheiro em espécie. De acordo com o funcionário, a operação não é praxe na companhia. Ao juiz Moro, o funcionário disse que participou das obras do sítio de Atibaia em 2014. A reforma teria começado logo depois do carnaval e durado até as eleições daquele ano. Afirmou que havia "sigilo" sobre as obras "desde o começo". Segundo ele, os funcionários que trabalhavam na obra, iam para o sítio sem o crachá da OAS, deixavam "guardado na empresa". "Eles pediram para a gente fazer sigilo porque a gente ia trabalhar no sítio do presidente. (inaudível). Ninguém pode ficar sabendo disso, nem aqui na empresa, nem fora. (Inaudível) que a gente não usasse o uniforme da empresa. Foi feito um uniforme sem o nome da empresa".
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