terça-feira, 19 de junho de 2018

Polícia Federal devassa a UFRGS, agora 17 professores são acusados de desvio de dinheiro, o popular estelionato

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (19) uma nova operação de busca e apreensão na Universidade Federal do Rio Grande do Sul para apurar crime de estelionato que teria sido cometido por 17 professores. Segundo a investigação, iniciada em 2015, esses professores recebiam remuneração adicional por terem assinado regime de dedicação exclusiva com a universidade, mas também exerciam atividades paralelas em locais privados. Os tais professores atuavam ilegalmente, de forma paralela, em clínicas e consultórios privados na área médica. Portanto, são médicos, muito provavelmente titulares de cadeiras do Curso de Medicina no Hospital de Clínicas, um hospital escola da universidade.

A prática é vedada pela legislação, configurando estelionato. A apuração começou há três anos, em parceria com a Controladoria Geral da União, e nesta terça foi desencadeada a operação em busca de documentos que comprovem as irregularidades. Cerca de 60 agentes cumpriram 15 mandados de busca e de apreensão – 14 em Porto Alegre e um em Novo Hamburgo. Todo o material apreendido será analisado e anexado ao inquérito da Operação Herófilo – nome que faz referência ao primeiro anatomista da história, fundador da Escola de Medicina de Alexandria. 

Apesar da investigação ter começado há três anos, a análise dos valores recebidos irregularmente pelos docentes é a partir de 2010. Somente em um dos casos, entre 2010 e 2016, um professor recebeu cerca de R$ 1 milhão da UFRGS – metade  deste valor foi em função do adicional por dedicação exclusiva. 

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul é a mãe das fraudes em concessão de titulação universitária de Mestrado e Doutorado. O caso emblemático foi a anulação da tese de Gilberto Kmohan, orientando do doutor Sérgio Caparelli. O orientador não foi capaz de perceber que a tese de seu orientando era um plágio completo de pensador alemão da Escola de Frankfurt. Apesar da cassação da tese, ao final de um processo em que a instituição foi muito relutante, o caso não se transformou em um processo criminal. Ou seja, a UFRGS acobertou crimes. Se a plataforma alemã VroniPlag, especializada no exame de trabalhos de mestrado e doutorados for aplicada na UFRGS, não restará tese sobre tese. Para se informar sobre esta plataforma, que está desmascarando o mundo acadêmico alemão, clique no link a seguir para ler a matéria publicada por Videversus em 19 de dezembro de 2015: https://poncheverde.blogspot.com/2015/12/plataforma-de-identificacao-de-plagios.html .

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