quinta-feira, 28 de junho de 2018

Primeiro ministro do Iraque manda executar mais de 300 condenados à morte por terrorismo islâmico


O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, ordenou nesta quinta-feira, 28, a execução imediata de terroristas condenados à morte, em represália ao assassinato pelo grupo Estado Islâmico de oito homens, cujos corpos foram encontrados na véspera. Haider al Abadi "determina a punição imediata dos terroristas condenados à morte e cujas penas chegaram ao grau decisivo", declarou em um comunicado, em referência ao fato de todos os recursos impetrados pelos réus terem sido esgotados e a pena de morte, ratificada pela presidência da república. Isso significa a morte de aproximadamente 300 personas, entre elas mulheres e estrangeiros, que foram condenadas por fazerem parte do Estados Islâmico, segundo dados do poder judicial divulgados em abril. Há, ainda, um grande número de extremistas condenados à prisão perpétua. 

A maioria dessas pessoas são turcas ou oriundas de ex-repúblicas soviéticas. "Nossas forças de segurança e militares considerarão cumprida a vingança contra essas células terroristas", assegurou Abadi diante de altos comandantes militares. "Prometemos matar ou prender aqueles que cometeram este crime", acrescentou. Os corpos foram encontrados em Tel Sharaf, na Província de Salaheddin. Estavam em estado de decomposição e tinham cintos carregados de explosivos, indicou o Exército. Seis dos sequestrados haviam aparecido muito machucados em um vídeo do Estado Islâmico. O grupo explicou que eram policiais iraquianos ou membros da força paramilitar Al Shaabi. Há francesas entre as condenadas à morte no Iraque como membros da organização terrorista Estado Islâmico.


No vídeo, difundido no sábado passado, os terroristas ameaçavam executar seus reféns caso o governo não libertasse em três dias mulheres sunitas detidas. No entanto, Abadi assegurou que os corpos indicavam que os reféns já estavam mortos quando o vídeo foi difundido pela rede de propaganda do Estado Islâmico. O Iraque anunciou a derrota do Estados Islâmico em dezembro, após uma violenta campanha que implicou na destruição de cidades como Mossul. O grupo, contudo, mantém sua presença em zonas desérticas fronteiriças com a Síria.

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