Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, prestou depoimento na tarde desta terça-feira, 5, à Justiça Federal do Rio de Janeiro, por Skype, como testemunha de defesa de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do comitê organizador da Rio-2016. Nuzman é acusado, junto com o ex-governador do Rio de Janeiro, o ladrão peemedebista Sérgio Cabral (MDB) e Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio-2016, de ter participado da compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada, em troca de vantagens pessoais. Pelé respondeu perguntas durante meia hora. Ele afirmou ter sido convidado por Cabral para participar da campanha pela escolha do Rio como sede da Olimpíada, ter feito ‘três ou quatro’ viagens internacionais para divulgar a candidatura e não ter conhecimento de qualquer negociata feita durante essas viagens. “Eu não fazia parte das reuniões da cúpula”, afirmou.
Segundo Pelé, se durante as viagens de que participou ocorreram conversas nesse sentido, ‘deve ter sido em particular’. O ex-jogador afirmou ter conhecido no Exterior o senegalês Lamine Diack – ex-presidente da Federação Mundial de Atletismo e acusado de ser responsável pela negociação dos votos. “Ele era apaixonado pelo Brasil, pelo futebol, por Pelé”, relembrou Pelé. Ao citar Lamine, no entanto, Pelé negou ter conhecimento de qualquer negociata entre o senegalês e a comitiva brasileira. “Eu tenho muito orgulho de ter participado dessa campanha”, ressaltou mais de uma vez o ex-atleta, dizendo que defenderia a candidatura de qualquer cidade brasileira, ‘o Rio, Três Corações (onde ele nasceu), Bauru (onde morou na infância e começou a jogar futebol) ou qualquer outra cidade’.
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