A Estre Ambiental Inc controladora da Estre Ambiental S.A, que tem entre suas subsidiárias a SPE SOMA - Soluções em Meio Ambiente Ltda (CNPJ 14758018000161), conhecida como “Consórcio SOMA”, que opera na limpeza da capital paulista, recentemente envolvida em “lavagem de dinheiro”, conforme a Operação Descarte da Polícia Federal e Receita Federal, avisou que iria divulgar os resultados financeiros do ano de 2017 por meio de uma grande coletiva de imprensa no dia 30 de maio de 2018, a última quinta-feira. Passou a data e nada aconteceu, a Estre Ambiental Inc aplicou mais um cambalacho no mercado acionário.
A Estre Ambiental Inc, que é presidida por Andreas Yutaka Gruson, anunciou na véspera (29/05) de sua coletiva de imprensa anteriormente marcada para 30 de maio de 2018 que agora “está adiando a divulgação de seus resultados financeiros de 2017 para o final de junho de 2018”.
Não resta dúvida que a causa do adiamento das demonstrações financeiras de 2017 da Estre Ambiental Inc foi a Operação Descarte da Polícia Federal e da Receita Federal. Esta operação, um desdobramento da Lava Jato, deflagrada em 1º. de março de 2018, identificou que a empresa SPE SOMA, pertencente a Estre Ambiental S.A (empresa essa controlada pela Estre Ambiental Inc,), "lavou" R$ 200 milhões. Ou seja, aplicou uma tremenda fraude na execução do contrato com a prefeitura de São Paulo e desviou esse montante de recursos. A SPE SOMA (Consórcio SOMA) foi contratada em 2011 pela Prefeitura de São Paulo, no governo do prefeito Gilberto Kassab (PSD), por R$ 1,1 bilhão. Em 2012 a SOMA comprou um lote de botas e sapatênis no valor de R$ 1.012.579,80. No mesmo ano, em junho, a empresa adquiriu R$ 2.193.560,00 em bonés e uniformes. A Polícia Federal identificou que a SOMA fazia aquisições falsas das mercadorias e chegou a simular a compra de R$ 14,27 milhões somente em sacos de lixo.
Antes de sua aquisição pela Estre Ambiental Inc (na verdade, uma propriedade do fundo americano Capital Avenue Group, que fez a compra da megalixeira brasileira por meio de um fundo que ele controla, o Boulevard), a empresa Estre Ambiental S.A. divulgou as “Demonstrações Financeiras de 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016”, porque isso era necessário para o fechamento da negociação com os americanos da Capital Avenue, onde trabalha Sérgio Messias Pedreiro (atual presidente da Estre Ambiental SA - a empresa brasileira). O fechamento da negociação ocorreu no dia 20 de dezembro de 2017. O contrato previa a colocação de ações da nova empresa na bolsa americana Nasdaq. E isso foi feito.
Essas demonstrações financeiras compreendidas no período entre 2011 e 2017 são de responsabilidade dos presidentes da Estre Ambiental S.A, que passaram pelo comando da empresa na época: Elio Cherubini Bergmann, Wilson Quintella Filho, Fernando Ribeiro Bau e Sérgio Messias Pedreiro. Recentemente a Nasdaq, segunda maior bolsa de valores do mundo, “notificou” a Estre Ambiental Inc, agora controladora da Estre Ambiental S.A, para apresentar o seu balanço de 2017. Ou seja, a Estre Ambiental Inc já está atuando irregularmente no mercado americano ao vender ações da megalixeira brasileira, porque não apresenta os seus números.
Ocorre que, como a Policia Federal e a Receita Federal encontraram “lavagem de dinheiro” na empresa SOMA, no período entre 2011 a 2017, significa que a Estre Ambiental S.A., presidida por Sergio Messias Pedreiro desde a metade de 2016, terá que “mexer” nos demonstrativos financeiros de 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017.
Por que terá que mexer? Será obrigada a reabrir todos esses balanços e fazer retificações devido às fraudes cometidas pela sua controlada Soma na execução do contrato com a prefeitura de São Paulo. E essas alterações terão que ser apresentadas e justificadas para a Polícia Federal, a Receita Federal e a Nasdaq.
E mais, como a Policia Federal e Receita Federal encontraram “lavagem de dinheiro” na SOMA até 2017, um mínimo de R$ 100.549.848,00, significa que as Demonstrações financeiras de 2016 arquivada na Nasdaq para a oferta de ações apresentam fortes indícios de fraude cometida no mercado acionário norte-americano, gerando prejuízos para os compradores de suas ações nos Estados Unidos, como fruto dos crimes que cometeu.
Como a Estre Ambiental Inc realizou a venda de milhares de ações nos Estados Unidos, antes da Polícia Federal ingressar com o Processo nº 0009644-33.2017.403.6181 - incidental ao Inquérito Policial nº 279/2015-11, com pedido de MEDIDA CAUTELAR – PRISÃO TEMPORÁRIA E BUSCA E APREENSÃO junto a 2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO/SP, que apontou a “lavagem de dinheiro” tendo a SOMA dissimulado a origem ilícita do valor total de R$100.549.848,00, por meio da simulação da aquisição de diversas mercadorias para utilização como insumos para sua prestação de serviços, então não há outro caminho nem outra alternativa senão afirmar que essas dezenas de milhares de ações foram negociadas com base em uma monumental fraude, com o seu valor de face cotado de maneira superavaliada fraudulentamente.
Portanto, qualquer acionista americano está apto a ingressar com ação no mercado americano contra o fundo americano controlador da empresa, bem como essa operação deve ser investigada pela Procuradoria Federal americana, pelo FBI e pela SEC (Securities and Exchange Commission - a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos). Isso tem contornos de uma grande operação internacional de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, bem debaixo do nariz das autoridades americanas.
É ainda inacreditável que a área de “compliance” da Estre Ambiental S.A controlada pela Estre Ambiental Inc, não tenha identificado essa “lavagem de dinheiro” da SOMA, apontada pela Polícia Federal no Processo nº 0009644-33.2017.403.6181 - incidental ao Inquérito Policial nº 279/2015-11, com pedido de MEDIDA CAUTELAR – PRISÃO TEMPORÁRIA E BUSCA E APREENSÃO junto a 2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO/SP. O setor de "compliance" já tinha sido implantado na empresa como obrigação devido à investigação da mesma na Operação Lava Jato, implicada nas maracutaias praticadas com a Petrobras e sua subsidiária Transpetro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário