domingo, 3 de junho de 2018

Gilmar manda soltar ex-presidente da Fecomércio no Rio

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar, na sexta-feira (01), o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, que está preso desde fevereiro pela Operação Jabuti, desdobramento da Lava Jato. "Ante o exposto, identificando adequação fática e jurídica com os argumentos e razões (…) defiro o pedido de liminar para suspender a ordem de prisão preventiva”, afirma Gilmar sobre a prisão do ex-presidente, que foi para cadeia por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O pedido de liberdade chegou ao STF na quarta-feira (30). Diniz foi preso durante investigações de desvio de recursos da Fecomércio, lavagem de dinheiro e pagamento em honorários advocatícios com recursos da entidade. O nome da operação faz alusão a funcionários-fantasmas, que, entre os empregados da Fecomércio-RJ, eram conhecidos como “jabutis”. Em dezembro do ano passado, Diniz foi afastado do Sesc-Rio, pelo Superior Tribunal de Justiça. Na época de sua prisão, em nota, a Polícia Federal informou que as investigações apontaram que gestores da Fecomércio do Rio de Janeiro “estariam envolvidos em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões”. “Nesse valor estão incluídos cerca de R$ 20 milhões que teriam sido pagos ao escritório pertencente à esposa de um ex-governador do Rio que se encontra recolhido ao sistema prisional à disposição da Justiça”, disse a nota da Polícia Federal. Durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) no Rio de Janeiro, o escritório da ex-primeira dama do Estado, Adriana Ancelmo, recebeu R$ 35,8 milhões de 10 empresas. Uma delas, a Fecomércio do Rio de Janeiro.

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