Nósseis era vice-presidente da Fundação Instituto Pedro Aleixo. Também foi presidente de honra do PSC nacional, mas terminou expulso do partido. Ele não cita valores na gravação. A gravação foi tornada público pela Justiça Eleitoral. Provocado pela atual direção do PSC, o Ministério Público de Minas Gerais abriu um procedimento preparatório para investigar o caso, conforme cópia encaminhada pelo PSC à Justiça Eleitoral. Em um despacho de maio do ano passado, o promotor Marcelo Oliveira Costa informa ter ouvido Nósseis. O dirigente disse não se lembrar da conversa gravada e argumentou que a prova é ilícita. “Não se pode levar em consideração uma conversa informal, descontraída, com ‘animus’ de instigar os malfeitores”, ponderou Nósseis. O promotor também pediu que o Instituto Pedro Aleixo, ligado ao partido até 2017, informe se houve repasse de dinheiro a alguma das mulheres citadas no áudio. Nósseis perdeu o controle do PSC em convenção para o pastor Everaldo Pereira, candidato à Presidência da República em 2014. Desde então, eles disputam em instâncias partidárias e judiciais o comando da legenda. O advogado e delegado do PSC, Alessandro Martello Panno, representou contra Nósseis no Ministério Público mineiro e também encaminhou a documentação ao TSE.
O ex-dirigente tenta agora afastar a atual direção do partido, pede o bloqueio das contas com recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral de 2018, alegando suposta malversação de recursos por Everaldo e seus aliados. O Estado não conseguiu contato com Nósseis até o momento. Procurado, o pastor Everaldo disse que não gostaria de comentar e que o partido irá se manifestar por meio de nota.
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