Após falhar em encontrar compradores para dois A380 que estavam encostados, uma empresa de investimentos alemã selou o destino dos Super Jumbo da Airbus: eles serão desmontados para a venda de componentes. Uma década após entrar em operação, será a primeira vez que uma unidade do maior avião comercial do mundo será desmontada. Isso ocorre em um momento nada animador para o A380, já que a lista de pedidos do avião segue menor do que a Airbus gostaria — apesar da sobrevida garantida pela encomenda de 36 aviões pela Emirates, que já voa com mais de 100 aeronaves desse modelo e é sua maior operadora. Os dois aviões que serão desmontados pertenciam à Singapore Airlines, aérea que lançou o A380 com pompa e circunstância em dezembro de 2007. Dez anos depois, vencido o contrato de leasing, a Singapore devolveu as duas aeronaves ao grupo alemão Dr. Peters Group, que mantinha a dupla de gigantes em um hangar nos Pireneus franceses.
“Depois de intensas negociações com várias companhias como British Airways, HiFly e Iran Air, Dr. Peters Group decidiu vender os componentes dos aviões”, afirmou o grupo alemão. O desmonte deve estar focado em partes como trens de pouso e componentes eletrônicos. Os quatro motores já foram removidos e enviados de volta à fabricante Rolls-Royce. “Psicologicamente isso não é bom para a Airbus, mas esse é um avião muito grande com um mercado de segunda mão muito pequeno”, avalia o especialista em aviação Howard Wheeldon. Um porta-voz da Airbus afirmou que não comentaria a decisão dos alemães. “Seguimos confiantes no mercado secundário para o A380 e no potencial para expandir a base de operadores". A fabricante europeia há anos tenta estimular o mercado de segunda mão para o A380 a fim de encorajar novas companhias a se arriscar e investir no avião que pode levar até 575 passageiros. Quando foi lançado, o A380 foi vendido em cima da ideia de interiores altamente customizados com um toque de luxo, mas o custo para substituir esses “acessórios sob medida” é visto hoje como desvantagem — estimado em no mínimo US$ 40 milhões (R$ 150 milhões) por avião. O preço de lista de um A380 novo é de US$ 445 milhões (R$ 1,7 bilhão). Desde que a Airbus começou a desenvolver o A380, no início dos anos 2000, o mercado de aviação também mudou muito. A tese de apenas 15 grandes hubs — centro de conexões — globais foi desmontada pelo vertiginoso crescimento de China e Índia, que desenvolveram outros hubs. Além disso, o mercado encolheu depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro e os jatos de quatro motores —além do A380, o Boeing 747— perderam mercado ante opções menores e mais econômicas, como os Boeings 787 e 777 e os Airbus A330 e A350.
“Depois de intensas negociações com várias companhias como British Airways, HiFly e Iran Air, Dr. Peters Group decidiu vender os componentes dos aviões”, afirmou o grupo alemão. O desmonte deve estar focado em partes como trens de pouso e componentes eletrônicos. Os quatro motores já foram removidos e enviados de volta à fabricante Rolls-Royce. “Psicologicamente isso não é bom para a Airbus, mas esse é um avião muito grande com um mercado de segunda mão muito pequeno”, avalia o especialista em aviação Howard Wheeldon. Um porta-voz da Airbus afirmou que não comentaria a decisão dos alemães. “Seguimos confiantes no mercado secundário para o A380 e no potencial para expandir a base de operadores". A fabricante europeia há anos tenta estimular o mercado de segunda mão para o A380 a fim de encorajar novas companhias a se arriscar e investir no avião que pode levar até 575 passageiros. Quando foi lançado, o A380 foi vendido em cima da ideia de interiores altamente customizados com um toque de luxo, mas o custo para substituir esses “acessórios sob medida” é visto hoje como desvantagem — estimado em no mínimo US$ 40 milhões (R$ 150 milhões) por avião. O preço de lista de um A380 novo é de US$ 445 milhões (R$ 1,7 bilhão). Desde que a Airbus começou a desenvolver o A380, no início dos anos 2000, o mercado de aviação também mudou muito. A tese de apenas 15 grandes hubs — centro de conexões — globais foi desmontada pelo vertiginoso crescimento de China e Índia, que desenvolveram outros hubs. Além disso, o mercado encolheu depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro e os jatos de quatro motores —além do A380, o Boeing 747— perderam mercado ante opções menores e mais econômicas, como os Boeings 787 e 777 e os Airbus A330 e A350.
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