Um juiz indiciou nesta segunda-feira, 14, a ex-presidente da Argentina, chefe da organização criminosa peronista Cristina Kirchner (2007-2015), e seus filhos, Máximo e Florencia Kirchner, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, em uma causa por supostas irregularidades com empresários da obra pública por meio da empresa familiar Hotesur. O magistrado Julián Ercolini também processou, entre outros, Romina Mercado - sobrinha de Cristina - e o empresário construtor Lázaro Báez, já em prisão preventiva desde 2016 por outro caso, e ordenou contra todos eles embargos sobre quantias de até 800 milhões de pesos (US$ 32,02 milhões) para cada um.
Este é o quinto indiciamento judicial para a atual senadora, com o qual se busca saber se a família da ex-presidente recebeu pagamentos de empresários de obra pública por meio da contratação de quartos de um hotel administrado pela Hotesur, empresa com participação de Cristina e seus dois filhos. O magistrado já interveio na companhia hoteleira no último mês de março, quando afirmou que tinha sido "uma das pessoas jurídicas através das quais a família Kirchner teria recebido periodicamente dinheiro obtido mediante a fraude contra o Estado nacional". Em novembro de 2017, a ex-governante prestou depoimento por essa causa, negou todas as acusações e afirmou que a atividade da empresa familiar tinha sido plenamente legal; além de ter denunciado que sua situação judicial se devia a "interesses do oficialismo".
O conhecido "caso Hotesur" começou em novembro de 2014 por uma denúncia da então deputada nacional Margarita Stolbizer. Cristina Kirchner também foi indiciada - e com uma ordem de detenção que não foi efetivada por ter privilégios parlamentares - pelo suposto acobertamento dos iranianos suspeitos de cometer um atentado contra uma associação judaica de Buenos Aires que deixou 85 mortos em 1994.
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