O muito incompetente e inapetente governador do Rio Grande do Sul, o peemedebista José Ivo Sartori, diz de Brasília, após reunião realizada na manhã desta quarta-feira, no Palácio da Alvorada, com o presidente Michel Temer (junto com um número grande de lideranças estaduais), que há boa vontade do governo para assinar o acordo de recuperação fiscal do Estado. Não é verdade. Continua havendo impasses quase impossíveis de serem ultrapassados. A lei federal complementar nº 150 exige que o governo apresente números sobre gasto excessivo com pessoal, o que o governo de Sartori não consegue apresentar. Por que não consegue? Porque o corporativismo estatal, capitaneado pelo Tribunal de Contas, faz uma maquiagem histórica dos gastos com pessoal, para diminuir o total, deixando de incluir no rol despesas que são notoriamente "de pessoal". Com isso os altos escalões do corporativismo estatal gaúcho mantém as políticas de privilégios salariais, e não abrem mão disso. Em segundo lugar vem a questão das garantias que devem ser apresentadas pelo governo gaúcha, na forma da entrega de estatais para serem privatizadas, em processo a ser conduzido pelo governo federal, por meio do BNDES.
Ora, não há santo que leve a Assembléia Legislativa a autorizar a privatização da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), da CRM (Companhia Riograndense de Mineração) e Sulgás. Portanto, tudo que Sartori anuncia que alcançou com essa reunião em Brasília não passa de uma nuvem, de uma miragem. A tal assinatura de um pré-acordo, apontada por ele, não passa de lero-lero, não tem qualquer eficácia. Ele acha que pode haver um acordo em torno da "interpretação" sobre os gastos com pessoal. Digamos que isso seja possível. Mas, continua a barreira da não autorização para as privatizações. E isso é condição sine qua non para a assinatura do acordo. Sem isso, não há acordo. E o muito incompetente e inapetente governo José Ivo Sartori deixou claro, em Brasília, que sua ansiedade é por colocar a mão em "dinheiro novo", por meio de novos financiamentos. No momento, o governo do Rio Grande do Sul está impedido legalmente de tomar qualquer financiamento, porque não tem capacidade financeira para isso. Ele se lastima que é o único governador que não teve licença, até agora, para tomar novos financiamentos. Ou seja, para aumentar o endividamento do Estado. Ele vive no mundo da lua, ele não conseguiu entender ainda que todo o problema do Rio Grande do Sul consiste exatamente na dívida. Sem dívida, o Estado seria plenamente autossustentável em seus esforços de desenvolvimento. Esse é o problema central da classe política gaúcha, é alienada, não quer ver a realidade.
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