sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Raquel Dodge pede a volta do cartola Carlos Arthur Nuzman para a cadeia


A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu hoje (23), no Superior Tribunal de Justiça), a volta do ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o cartola Carlos Arthur Nuzman, à prisão. Em outubro do ano passado, Nuzman foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelos ministros da Sexta Turma. Nuzman foi denunciado por corrupção e organização criminosa pelo Ministério Público Federal , no âmbito da Operação Unfairplay, que investiga a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016. No parecer, a procuradoria sustenta que o ex-presidente do COB poderia ocultar bens eventualmente adquiridos de forma ilícita e atrapalhar as investigações.

A prisão de Nuzman foi substituída, por meio de liminar, por medidas cautelares alternativas, entre as quais a proibição de deixar o Rio de Janeiro e de ter acesso às instalações do COB. Ele também teve que entregar o passaporte e deve se apresentar regularmente à Justiça. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Nuzman teria participado de um esquema que pagou mais de R$ 6 milhões a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) em troca de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos.

O subprocurador-geral da República Rogério Navarro afirma que a idade avançada do ex-presidente do COB, que já tem mais 75 anos, não autoriza a substituição da prisão preventiva pela domiciliar. Navarro diz que a existência de doença grave, alegada pela defesa, não demonstrou a necessidade de Nuzman de tratamento de saúde especial ou diferenciado. 

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