A Qualcomm e a USI, subsidiária da coreana ASE, anunciaram uma joint venture para construir uma fábrica de chips no Brasil voltada para dispositivos de internet das coisas. A previsão é investir US$ 200 milhões (R$ 647 milhões) nos próximos cinco anos. O acordo foi assinado na segunda-feira (5), no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do ministro de Ciências e Tecnologia, Gilberto Kassab, e do governador de São Paulo e provável candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB). O projeto terá benefícios fiscais tanto do governo federal quanto do paulista. O produto que será fabricado, ainda novo no mundo, condensa em um chip a tecnologia que hoje requer uma placa com 400 componentes para rodar. O dispositivo, muito menor, poderá ser mais facilmente adaptado a diferentes aparelhos, afirma o presidente global da Qualcomm, Cristiano Amon. "Uma vantagem é simplificar o processo de desenho e fabricação dos aparelhos, que podem ser mais finos ou dar mais espaço para a bateria, por exemplo. Além disso, reduz o tempo para levar o produto à comercialização, por ser ser menos complexo." "Pegamos uma tecnologia que não existe no mundo, em vez de copiar algo da Ásia. O Brasil pode ser um pólo de exportação de tecnologia", disse o presidente da Qualcomm na América Latina, Rafael Steinhauser..
A produção deve começar em 2020, segundo o presidente global da USI, CY Wei. A fábrica, porém, não tem local definido - só se sabe que será na região de Campinas (SP). O treinamento da mão de obra será outro entrave, devido à escassez de trabalhadores especializados, segundo Amon. A ideia é levar parte dos engenheiros brasileiros para um treinamento em fábricas estrangeiras, além de trazer técnicos de fora. A previsão é que a fábrica empregue entre 800 e 1.000 profissionais. As empresas também prevêem a construção de um centro de tecnologia em parceria com alguma universidade, ainda não definida, que futuramente poderá apoiar prefeituras a implementar soluções de internet das coisas nas cidades. Para implementar seus projetos no Brasil, a joint venture terá isenções fiscais do governo federal e do Estado de São Paulo.
Segundo Steinhauser, os planos não deverão ser afetados pelas mudanças estudadas na Lei da Informática, considerada ilegal pela OMC em 2017. "Não acredito que vai acabar a Lei da Informática, o que a OMC pediu foi uma adaptação. O que nos atinge, acredito que não vai mudar", disse o executivo. A fabricante de chips Broadcom elevou nesta segunda-feira em 24% sua oferta para comprar a Qualcomm, para mais de US$ 121 bilhões (R$ 391,4 bilhões), colocando mais pressão sobre a sua rival para iniciar as negociações.
A nova oferta valoriza a empresa em US$ 82,00 por ação — um prêmio de 24% em relação ao fechamento da Qualcomm na sexta-feira. A Qualcomm em novembro rejeitou a oferta de US$ 70,00 por ação da Broadcom, em dinheiro e ações, que avaliou a empresa em US$ 103 bilhões. O presidente global da empresa, Cristiano Amon, não quis comentar a oferta. "É um processo público. Nosso conselho de administração soltou uma nota afirmando que recebeu a oferta e que vai analisar. A decisão é do conselho, não tenho mais o que dizer."
A nova oferta valoriza a empresa em US$ 82,00 por ação — um prêmio de 24% em relação ao fechamento da Qualcomm na sexta-feira. A Qualcomm em novembro rejeitou a oferta de US$ 70,00 por ação da Broadcom, em dinheiro e ações, que avaliou a empresa em US$ 103 bilhões. O presidente global da empresa, Cristiano Amon, não quis comentar a oferta. "É um processo público. Nosso conselho de administração soltou uma nota afirmando que recebeu a oferta e que vai analisar. A decisão é do conselho, não tenho mais o que dizer."
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