Reunidos nesta quinta-feira (25) em São Paulo, dirigentes do PT desafiaram a Justiça a decretar a prisão do bandido corrupto e chefão da organização criminosa petista, Lula, sob ameaça de causar convulsão social. Lula foi condenado na quarta-feira, por unanimidade, por três juízes do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Sua pena foi aumentada dos nove anos e seis meses de reclusão determinadas pelo juiz Sergio Moro em julho passado para 12 anos e um mês. Segundo entendimento atual do STF, a determinação de prisão só pode ser efetivada quando esgotados todos os recursos na segunda instância. O senador Humberto Costa (PE) afirmou que não pagaria para ver a repercussão social em caso de detenção em um momento de insatisfação com o governo Temer. "Uma parcela significativa da população deposita esperança no retorno de Lula, para uma vida melhor. São imprevisíveis as consequências. Eu não pagaria para ver. Não sei o que pode acontecer".
Presidente do PT no Rio de Janeiro, o hilário ex-prefeito Washington Quaquá afirma que hoje seria uma bravata prometer levar um milhão de pessoas às ruas em defesa de Lula. Mas que seria muito mais fácil trabalhar por isso se Lula fosse preso. "Atrevam-se a prender Lula", disse. "Não queremos fazer revolução. Queremos fazer um grande acordo nacional. Mas, se prenderem o Lula, a democracia no Brasil, para nós, acabou", continuou o presidente do PT no Rio de Janeiro.
Dirigentes do PT estão desorientados sobre a melhor estratégia após a condenação unânime do bandido corrupto Lula no TRF-4. Um amigo do ex-presidente afirma que o partido está "em uma sinuca de bico", divididos entre a aposta em uma reversão na Justiça e o acirramento do discurso. Enquanto governadores petistas ainda defendem publicamente uma investida no STF (Supremo Tribunal Federal), com construção de pontes com ministros, uma ala significativa do partido duvida das chances de vitória em terceira instância e defendem um novo enfrentamento ao Judiciário.
A única saída, dizem, é buscar apoio nas ruas. O deputado Wadih Damous (RJ), por exemplo, advogado e ex-presidente do aparelhão petista OAB no Rio de Janeiro, admite: "Não vamos agir com a ilusão da institucionalidade". O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), também defende uma intensificação das atividades de ruas, incluindo o Carnaval. Para a eleição, petistas repetem que não há plano B. Vice-presidente do PT, o ex-ministro Alexandre Padilha recorre a uma analogia futebolística para justificar a manutenção da candidatura do ex-presidente. Ele diz que em um campeonato de 15 rodadas, ninguém tiraria o Pelé já no início da disputa só porque haveria o risco de expulsão na semifinal. O problema, afirma, "é que tem um juiz em campo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário