terça-feira, 31 de outubro de 2017

Estados Unidos darão US$ 60 milhões para financiar força anti-terrorista no Sahel

Os Estados Unidos darão 60 milhões de dólares para a força de combate aos terroristas islâmicos no Sahel - anunciou o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, em nota divulgada nesta segunda-feira (30). "Esta é uma batalha que temos de ganhar, e esta contribuição terá um papel-chave para alcançar o objetivo", afirmou o secretário, classificando de "sócios regionais" os membros do G5 Sahel, composto por Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.

Washington já havia manifestado apoio ao G5 no passado e conta com tropas e drones no terreno para reforçar as operações contra combatentes terroristas. A França quer estabelecer uma plataforma multilateral que garanta assistência a suas ex-colônias. Os Estados Unidos deixaram claro, porém, que, apesar de apoiarem diretamente os membros do G5, não querem que a ONU dirija essa força, ou administre recursos econômicos e logísticos.

Tillerson não quis ir a Nova York para participar da reunião junto com o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian. Em seu lugar esteve a embaixadora do país na ONU, Nikki Haley. Essa ampla região do norte da África é uma terra sem lei desde que a Líbia caiu no caos em 2011, quando os islamitas assumiram o controle do norte do Mali, em 2012, e o Boko Haram aumentou sua presença no norte da Nigéria.

No começo de outubro, quatro soldados americanos morreram em uma emboscada perto da fronteira entre o Níger e o Mali. A ONU perdeu este ano em ataques 17 membros de sua missão de manutenção de paz no mali, um dos piores balanços deste tipo de força. O ministro maliense das Relações Exteriores, Abdulaye Diop, também pediu o "apoio multilateral, inclusive o das Nações Unidas", a única forma "de garantir a previsibilidade e a perenidade dos recursos, assim como o apoio operacional à força conjunta".

Os diplomatas franceses asseguraram que os Estados Unidos não fecharam totalmente a porta a um apoio da ONU ao G5. Le Drian afirmou assim à imprensa que uma nova resolução do Conselho de Segurança detalharia em breve "as articulações entre a Minusma e a Força Conjunta".

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