O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decretou na noite desta quinta-feira a prisão preventiva dos açougueiros bucaneiros Joesley Batista e Ricardo Saud, que estavam com prisão temporária de cinco dias também vencendo nesta quinta-feira. Com a decisão do ministro do STF, os delatores da JBS ficarão presos por prazo indeterminado. Em seu despacho, o ministro Luiz Edson Fachin justifica a prisão preventiva pela “aparente prática reiterada de crimes”: “Se os representados, em tese, omitiram provas em cenário de imunidade, o quadro resta agravado". Fachin também menciona, como agravante, a Operação Acerto de Contas, que apura a manipulação de contratos de câmbio e do mercado de ações pelos açougueiros bucaneiros caipiras Joesley e Wesley Batista com base na informação privilegiada de seu próprio acordo de colaboração premiada. Wesley está preso, com prisão preventiva decretada, em São Paulo, em decorrência da investigação de vantagens ilegais obtidas pelos irmãos bandidos em operações com ações e câmbio levando vantagens de informação privilegiada (insider information) em função das delações premiadas, que só eles tinham conhecimento.
Ainda no despacho em que determina a prisão preventiva de Joesley Batista e Ricardo Saud, como medida acautelatória, Edson Fachin deixa claro suas dúvidas sobre a acusação da Procurdoria Geral da República. Ele pondera que a defesa dos empresários classifica como incoerentes as afirmações de Rodrigo Janot, pois Joesley e Saud são “acusados de ocultar fatos espontaneamente revelados” dentro do prazo legal da colaboração. “A plena incidência do contraditório e da ampla defesa abrirá as portas à prova dessas assertivas”, diz o ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário