O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu que Eurico Miranda seja afastado da presidência do Vasco da Gama. O dirigente é acusado de acobertar torcidas organizadas após atos violentos em estádios de futebol. Além da destituição definitiva de Eurico, a ação pede também a saída dos vice-presidentes do Vasco, da diretoria e o pagamento de multa de R$ 500,00. A multa é absolutamente ridícula.
Os promotores acreditam que o clube descumpre artigos do Estatuto do Torcedor referentes à prevenção da violência nos estádios. O Ministério Público baseou-se em relatórios da Polícia Militar elaborados após confusão no clássico contra o Flamengo, disputado em São Januário no dia 8 de julho. Também foram utilizados como fontes matérias jornalísticas sobre a partida e a súmula publicada pelo árbitro. O órgão acredita que a insegurança no estádio é alimentada pelo apoio que o clube dá à sua principal torcida organizada, que atualmente está punida por casos de violência.
A confusão do clássico em questão aconteceu após a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, quando torcedores do Vasco atiraram objetos em jogadores do rival e na polícia e tentaram invadir o campo. A confusão continuou do lado de fora do estádio e terminou com a morte de David Rocha Lopes, que foi baleado no peito. No relatório do processo, o Ministério Público usa fotos postadas em redes sociais como provas da ligação entre o Vasco e sua maior torcida organizada. O primeiro membro registrado pelo órgão é Sidnei da Silva Andrade, o "Tindô", flagrado trabalhando para o clube. O processo cita também Rodrigo Granja, membro de torcida e que foi fotografado "almoçando com funcionários no restaurante do clube, usando a mesma camisa que os funcionários, na partida entre Vasco x Fluminense" O Ministério Público ainda utiliza imagens da inauguração de um camarote da Força Jovem em São Januário, justamente no jogo contra o Flamengo e de uma reunião de Eurico Miranda com a torcida organizada.
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