terça-feira, 29 de agosto de 2017

Empresário petroleiro do lixo usa lobista de Porto Alegre para instalar sua lixeira em Glorinha





O jatinho EMB Phenom 300, prefixo PT PVH, da empresa lixeira Estre, tem levado vereadores de cidades da Grande Porto Alegre a Curitiba para visita ao aterro sanitário do Centro de Gerenciamento de Resíduos Iguaçu - localizado no município de Fazenda Rio Grande, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, 3188 - bairro Santa Terezinha. 

É um aterro que recebe resíduos classes IIA e IIB e solo contaminado por hidrocarboneto. A visita e viagem é organizada por advogado lobista de Porto Alegre, O terreno já foi comprado em Glorinha pela Estre e há um projeto de instalação de aterro sanitário tramitando na Fepam (Fundação de Meio Ambiente). 

Atualmente o mercado de aterros sanitários no Rio Grande do Sul é dominado pelo Grupo Solvi que, apenas no aterro de Minas do Leão, recebe o lixo de Porto Alegre (cerca de 1.200 toneladas por dia) e de mais cerca de 150 municípios gaúchos. 

A lixeira Estre quer abocanhar o mercado do grupo Solvi, dono do aterro sanitário de Minas do Leão, por meio da empresa atualmente denominada CVRV - Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, associação do Grupo Solvi com a antiga proprietária do aterro, a SIL Soluções Ambientais, empresa controlada do Grupo Copelmi, dos irmãos Cesar e Carlos Farias). O projeto do advogado lobista, que é "vendido" ao empresário petroleiro Wilson Quintela Junior, dono da Estre, é alimentar o aterro de Glorinha também com a transferência do lixo do aterro da zona norte de Porto Alegre, localizado na cabeceira da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Isso é uma demência, porque exigiria uma tremenda operação logística e um custo absolutamente impagável para a prefeitura de Porto Alegre. 

Naturalmente, o empresário petroleiro Wilson Quintela Junior (tremendamente envolvido nas investigações da Operação Lava Jato, e que emprega o operador do porquinho petista Antonio Palocci, seu antigo chefe de gabinete na prefeitura de Ribeirão Preto e no Ministério da Fazenda, Jucelino Dourado) pretende obter o contrato do lixo de Porto Alegre, assim como o de Curitiba, cuja licitação encontra-se em andamento. 

Alguém tem dúvida de que a licitação da capital paranaense é de cartas marcadas, e deve ficar com a Estre? Com a aquisição das operações de Porto Alegre e Curitiba, o empresário "petroleiro" (de "Petrolão do PT") Wilson Quintela Junior pretenderia aumentar em cerca de 2,5 bilhões de reais o patrimônio de sua empresa (valor dos contratos, contabilizados como ativos). E assim valorizaria muito o montante de sua saída da nova empresa contratada com fundo americano, dentro de um ano. 

Com toda certeza a SEC (U.S. Securities and Exchange Commission - a Comissão de Valores dos Estados Unidos) não tem a menor noção do que ocorre no mundo do lixo brasileiro e quem são os personagens envolvidos. Se soubesse não permitiria a operação de títulos do fundo que se associou com a Estre, por meio de sua compra. 

De qualquer maneira, o futuro da Estre é curto, ela deverá ser saneada e cortada em pedaços para ser vendida com grande lucro. É dessa maneira que o fundo americano remunera os seus investidores. (na foto, acima, cava do aterro sanitário da Estre no município de Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba; a outra foto é do jatinho da Estre, pilotado pelo próprio empresário Wilson Quintela Filho, que aterrissou em Porto Alegre na tarde do dia 26 de julho; na noite do mesmo dia ele jantou na casa do advogado lobista na Zona Sul de Porto Alegre).

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