A Petrobras volta a estudar a possibilidade de abrir o capital da BR Distribuidora. Falando a investidores durante o 19º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, em São Paulo, o presidente da estatal, Pedro Parente, anunciou que a diretoria fez uma proposta de IPO (oferta inicial de ações) da BR ao Conselho de Administração. Em 2015, a estatal tinha planos de fazer o IPO, mas adiou a decisão por tempo indeterminado devido às condições adversas do mercado. "A nossa diretoria tomou a decisão de propor ao nosso Conselho de Administração o aprofundamento dos estudos com vistas à abertura de capital da BR Distribuidora", disse Parente. Segundo ele, a Petrobras vai divulgar um comunicado ao mercado explicando a decisão. "A opção que estamos fazendo neste momento é levar adiante o IPO da BR Distribuidora. Isso claro, depende de avaliações adicionais, e uma aprovação pelo nosso Conselho", afirmou Parente.
A BR Distribuidora era um dos ativos que estava nos planos de venda da estatal, embora a Petrobras não tivesse definido a forma como faria o negócio. A empresa é líder de distribuição de combustível no País, com 8 mil postos. A Petrobras quer levantar US$ 21 bilhões em 2017 e 2018 com a venda de ativos para reduzir seu endividamento e anunciou que até o final deste ano fará a abertura de processos para cerca de 30 possíveis desinvestimentos ou parcerias. Dois anos atrás, a Petrobras também previa abrir o capital da BR Distribuidora com a venda de 25% das ações e possibilidade de ampliação. Mas desistiu de seus planos, por tempo indeterminado, devido à instabilidade do preço do petróleo no mercado internacional. A avaliação, na época, é que o cenário poderia depreciar o valor da captação.
Depois da desistência, a estatal anunciou que a diretoria executiva havia autorizado a busca de um parceiro estratégico. O objetivo era tentar fechar o negócio com agilidade, mas essas alternativa também não vingou. Em junho, o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da BR, Bruno Paiva, defendeu que a melhor saída para a subsidiária da Petrobras seria o lançamento de ações em Bolsa, no lugar da venda do controle a um novo sócio. "O IPO tem a vantagem de trazer dinheiro para o caixa da Petrobras logo, talvez ainda em 2017. E pode ser feito de forma escalonada", disse ele.
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