O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira (7) Neil Gorsuch, o juiz indicado pelo presidente norte-americano Donald Trump, como novo magistrado da Suprema Corte para a vaga de Antonin Scalia, que morreu em fevereiro do ano passado. Com 54 votos a favor e 45 contra, o Senado confirmou Gorsuch por maioria simples depois de mudar na quinta-feira as normas da Câmara Alta, que exigiam maioria de 60 votos para esse tipo de procedimento. A confirmação fecha uma semana de intenso debate no Senado, onde a oposição democrata levou ao limite suas manobras de filibuster (fazer longos discursos) para adiar a chegada do juiz à Suprema Corte. Na quinta-feira, em uma primeira votação, os democratas chegaram a bloquear a confirmação do juiz, já que, embora majoritários, os senadores favoráveis não obtiveram os 60 votos, tal como requeria o regulamento. Os republicanos, então, submeteram à votação uma mudança nas normas da Câmara Alta, em uma manobra conhecida como "opção nuclear", para revogar a regra dos 60 votos necessários e derrubar a estratégia democrata. A oposição democrata a Gorsuch era um revide à rejeição dos republicanos de submeter à votação o nome do juiz esquerdista indicado pelo ex-presidente muçulmano Barack Obama em março do ano passado, quando foi aberta a vaga de Scalia. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, bloqueou, durante o período recorde de 293 dias, a candidatura de Merrick Garland, o escolhido de Obama, e agora conseguiu confirmar Gorsuch com a manobra. A confirmação de Gorsuch também é uma importante vitória para Trump, que até agora tinha visto fracassar algumas de suas primeiras medidas, como o veto migratório e a derrubada do chamado Obamacare, a reforma da área de saúde feita no governo Obama.
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