A defesa de Antonio Palocci e Branislav Kontic entrou com recurso para impedir a reinquirição, colaboração judicial, oferecida mais cedo pelo petista Renato Duque. Tratou-se de uma medida desesperada do advogado José Roberto Batochio, que também defende Lula, para impedir que Duque implodisse o chefe da organização criminosa petita. Ou seja, foi uma medida desesperada do próprio Lula. Enquanto o "italiano" combina sua defesa técnica com Lula, ele negocia juntamente com o advogado Adriano Bretas um acordo de delação premiada? É uma jogada arriscada. O "italiano", como se sabe, é o "porquinho" petista Antonio Palocci. Mas, a tentativa desesperada dos altos chefões petistas se enganaram com seu pedido desesperado, porque o juiz federal Sérgio Moro imediatamente despachou no processo e aceitou o pedido de Renato Duque para ser reinquirido sobre questões envolvendo esquema de propina na Sete Brasil. O advogado José Roberto Batochio viu frustrada a sua intenção. Segundo o juiz Sérgio Moro, "se acusado no processo penal deseja ser submetido a novo interrogatório, não há como o juiz indeferir tal requerimento sob pena de vulnerar de morte a ampla defesa". Ele ressaltou que não se trata de uma colaboração premiada e quaisquer eventuais benefícios só poderão ser discutidos após avaliação do depoimento.
O petista Renato Duque vai contar a Sérgio Moro que o esquema de corrupção na Sete Brasil foi montado a pedido de Lula. Duque vai contar também que Pedro Barusco não gostou de saber que receberia menos do que estava acostumado na Petrobras. "Não adianta reclamar", disse o ex-diretor de Serviços ao subordinado: "Dirceu e Lula têm que receber também". A equação foi assim dividida:
- do 1% dos contratos para a construção dos navios-sonda, 1/3 era para a "Casa", sendo esse valor subdividido em seis partes, cabendo uma parte ao próprio Duque, outras duas a Barusco e João Carlos Ferraz, e o restante entre outros executivos.
- os 2/3 do 1% eram destinados ao PT, sendo 1/3 desse valor dividido entre João Vaccari, José Dirceu e Milton Pascowitch e 2/3 entre Lula e Antonio Palocci.
Parte dessa propina foi usada para pagar João Santana na campanha de eleição de Dilma em 2010. O juiz Sérgio Moro, rapidamente, despachou o pedido do petista Renato Duque, aceitando o seu pedido de reinquirição.
Isso ajuda a explicar o motivo pelo qual a audiência para inquirição do poderoso chefão da organização criminosa petista Lula foi adiada. Renato Duque vai revelar a Sérgio Moro que a propina da Sete Brasil para Lula e Antonio Palocci saía dos contratos da empresa com o estaleiro Enseada Paraguaçu, da Odebrecht em parceria com OAS, UTC e Kawasaki. O pré-sal era o bilhete premiado de Lula. A reinquirição de Duque pode também complicar a intenção de delação premiada do comuno-petista Antonio Palocci. (O Antagonista)
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