O novo valor do salário mínimo — que passará a valer em 1º de janeiro — será de R$ 937,00 sem ganho real, apenas com a reposição da inflação (o INPC). Hoje, o mínimo está em R$ 880,00. Na proposta orçamentaria de 2017, a previsão para o piso nacional era de R$ 945,00 mas o valor ficou abaixo por conta de a inflação apurada ter sido menor do que o previsto. A estimativa para o índice de preços em 2016 era de 7,5%, mas esse indicador deverá fechar o ano em 6,75% (até novembro era de 6,43%). Com isso, o governo deixará de gastar R$ 2,1 bilhões, sobretudo com pagamento dos benefícios previdenciários, segundo uma fonte da equipe econômica. Desde o governo Lula, a regra para reajuste do salário mínimo é a mesma: o piso é corrigido pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Em 2015, houve retração na economia de 3,8%. Nesse caso, o efeito é zero e, por isso, se corrige só a inflação. O Ministério do Planejamento disse que a elevação do valor do mínimo para R$ 937,00 resultará “no incremento de R$ 38,6 bilhões da massa salarial em 2017, ou 0,62% do PIB, com efeitos positivos na retomada do consumo e do crescimento econômico ao longo do ano”. A nota cita lei que trata da política da valorização do mínimo e diz que o governo aplicou a regra contida na legislação.
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