sábado, 14 de janeiro de 2017

Matança chega agora a presídio de Natal, no Rio Grande do Norte, como já era esperado


Uma rebelião iniciada por volta das 16h30min neste sábado, no presídio de Alcaçuz, o maior do Rio Grande do Norte, localizado na Região metropolitana de Natal, deixou pelo menos três mortos. O coordenador de administração penitenciária da cadeia, Zemilton Silva, disse, após checagem "visual", que viu ao menos três corpos e cabeças arrancadas — mas o número pode ser muito maior, pois a polícia ainda não havia entrado no local. O tumulto começou com a invasão de presos do pavilhão 1 no pavilhão 5, onde estão internos de uma facção criminosa rival. Os detentos estarvam soltos dentro da penitenciária e armados. Do lado de fora, há relatos de brarulho de tiro e quebra-quebra. Ainda não há confirmação se houve fugas.  

Policiais militares e agentes penitenciários informaram que irão esperar o dia amanhecer neste domingo para entrar nos pavilhões e checar a situação. No entanto, a área externa de Alcaçuz já estaria sob o controle das autoridades. As saídas foram bloqueadas e o Corpo de Bombeiros está fazendo barricadas no local. "A intervenção é impossível agora. No momento estão todos soltos lá dentro, e armados. Nossa missão é evitar que ele saiam", declarou o major Camilo, da Polícia Militar. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) emitiu nota na noite deste sábado informando que montou o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) para executar as ações a serem empregadas na rebelião do presídio de Alcaçuz. "Já estão no local o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o Batalhão de Choque e a Força Nacional para evitar mais confrontos e controlar a situação. Há registro de mortes resultado de uma briga entre facções rivais". Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. A unidade possui cerca de 1.150 presos e capacidade para 620 detentos, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).

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