A Turquia deteve 3.710 pessoas nos últimos seis meses por apoiar organizações consideradas terroristas pelo governo ou por insultar agentes oficiais nas redes sociais. Destas, 1.656 estão oficialmente presas. Há ainda 1.203 em liberdade condicional e são frequentemente monitoradas pela polícia Outras 10 mil estão sob investigação, segundo afirmou o Ministério do Interior em comunicado no dia 24. Não raro, o acesso da população às redes sociais, tais como Twitter e Facebook, é bloqueado. Isso acontece especialmente após atentados ou ataques de dissidentes, segundo grupos que monitoram serviços de internet. Ancara nega ser responsável pelo bloqueio e culpou quedas de energia pelas falhas. Especialistas, entretanto, afirmam que os blackouts nas redes são propositais e usados para evitar a difusão de material contrário ao governo. A Turquia apertou o cerco contra dissidentes depois de uma tentativa frustrada de golpe militar, em julho. Na ocasião, 257 pessoas foram mortas. Até outubro, o número de funcionários públicos demitidos e suspensos chegou a 105 mil, entre professores, policiais e juízes. Foram fechados 180 veículos de imprensa e 127 jornalistas foram presos.
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