Com as medidas aprovadas na Assembleia Legislativa nos últimos dias, incluindo extinção ou reestruturação de 12 órgãos públicos e a demissão de 1,2 mil servidores, o Rio Grande do Sul surge no cenário nacional como o primeiro Estado a atender exigências do governo federal em troca de socorro financeiro. A demonstração de força diante de sindicatos e corporações, na avaliação de integrantes do Palácio Piratini, abre caminho para a construção de uma nova imagem do Rio Grande do Sul no País e daria credencial ao incompetente e inapetente governador peemedebista José Ivo Sartori nas negociações com a União. Mas especialistas advertem: os cortes feitos não são garantia de melhorias nos serviços prestados à população. De 15 propostas levadas à votação, apenas uma foi rejeitada, mas justamente a mais importante e mais significativa: a que alteraria o cálculo do repasse de recursos aos poderes, reduzindo o peso da crise sobre o Executivo. Mas, na verdade, ele nada fez de significativo até agora para reduzir o peso mastodôntico do Estado gaúcho e não enfrentou vigorosamente o gigantesco déficit público. O orçamento público continua sendo uma peça de ficção, um completo absurdo por sua irrealidade.
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