Novas medidas voltadas à reestruturação da máquina pública estão nos planos do Palácio Piratini para 2017. Uma das possibilidades em análise é a alteração do jurássico plano de carreira do magistério, o mais antigo em vigência entre os Estados brasileiros. Criado em 1974, em pleno regime militar, por um secretário da educação que era militar, o estatuto é o único no País anterior à Constituição de 1988. Sem nunca ter sido atualizado, ele é um peça de museu cultuada com todo desvelo pela esquerdalha petista que tomou conta do aparelhão sindical do Cpers e promoveu a destruição da educação pública no Rio Grande do Sul com quatro décadas na sequencia de greves devastadoras. Esse jurássico plano de carreira torna completamente impossível a adoção do piso nacional da categoria, aprovada em 2008. Sua adoção implicaria uma explosão exponencial da folha de pagamento do Estado do Rio Grande do Sul, porque existe um multiplicador de 100% entre os níveis do plano de carreira. Com isso, o passivo pelo não pagamento do piso atinge a marca de R$ 17 bilhões – dívida que pode acabar engrossando a fila dos precatórios do Estado, a ser zerada até 2020 por ordem do Supremo Tribunal Federal. Qualquer tentativa de modificação do jurássico plano de carreira deverá desencadear protestos e greves, e uma quase insuperável covardia da classe política para enfrentar a sua modificação.
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