A inspetora da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares da Navegação Aérea (Aasana), Celia Castedo Monasterio, que autorizou o plano de vôo criminoso do avião Avro da empresa LaMia que matou quase todo o time da Chapecoense, ao cair em Medellín, saiu da Bolívia ilegalmente em busca de refúgio no Brasil, segundo o governo boliviano. Na segunda-feira, a funcionária, que chegou a contestar a rota proposta pela empresa LaMia, por causa do pouco combustível, entrou no país por Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e, ao lado de um advogado, procurou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. "Celia Castedo não utilizou nenhum ponto legal de controle migratório. Sua saída do país foi ilegal", afirmou o ministro do governo boliviano, Carlos Romero, em entrevista coletiva na tarde de terça-feira. O governo boliviano pediu a expulsão imediata da funcionária da Aasana após o início do processo judicial que investiga as causas do acidente aéreo. Romero afirmou que não há motivos para o Brasil conceder o pedido feito por Celia. "Não há nenhum argumento para sustentar solicitação de refúgio. Esta pessoa quer iludir a Justiça", disse. Celia conseguiu uma permissão temporária no Brasil por um ano ou enquanto se analisa o pedido de refúgio, concedida pela Polícia Federal do Mato Grosso do Sul.
O Procurador Geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, espera que a funcionária se apresente à Justiça para esclarecer os fatos: "Ela deveria se apresentar, dar seu depoimento... Aqui não se trata de acusar alguém sem esclarecer os acontecimentos, mas há que considerar as responsabilidades das autoridades, servidores ou servidoras". Às 15h15m (horário de Brasília), agentes do Ministério Público da Bolívia entraram nos escritórios da Administração de Aeroportos do país (Aasana), onde trabalhava Celia Castedo Monasterio, no Aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra. Eles também entrar nos escritórios da empresa Lamia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário